Vereador reclamou da ausência de Fabiana Parma, que estava viajando pela Europa; para ele, cidade ficou abandonada
Andressa Aoki
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O vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso estava “sem papas na língua” na sessão de ontem da Câmara Municipal. O foco, mais uma vez, foi a saúde pública. Meidão criticou a Secretaria Municipal e a Santa Casa de Votuporanga.
As reclamações mais duras foram com relação a ausência do prefeito Junior Marão e da secretária de Saúde, Fabiana Stringari de Parma, que estavam viajando pela Europa. “Enquanto a nossa secretária Fabiana Parma e seu esposo, Alexandre, acompanhados do chefe do Executivo, Junior Marão, estavam na Alemanha, comendo chucrute (comida típica do país - conserva de repolho fermentado), a cidade estava abandonada. Se não fosse Alexandre Giora, gestor administrativo da Secretaria, um idoso doente teria vindo a óbito”, ressaltou.
Meidão comentou sobre a visita do então prefeito em exercício Waldecy Bortoloti na Câmara. “Waldecy passou na porta do meu gabinete e foi na sala do vereador do PT, Jura. Nessa hora, chegou um senhor doente, com câncer. O idoso ficou 10 dias no hospital de Votuporanga. Um dos parentes o levou para São José do Rio Preto. Lá, foi constatado que era câncer”, disse.
O vereador afirmou que o paciente foi orientado a procurar o Departamento de Saúde em Votuporanga para que o município encaminhasse para Barretos. “Desabafei com Waldecy. Neste caso, o Alexandre tomou as providências. Eu acho que fui até meio grosso com o então prefeito, mas ele tem que entender que quando não resolve na Secretaria, o cidadão vem na Câmara e o vereador dá respaldo”, enfatizou.
Santa Casa
Meidão Kanso também questionou a direção da Santa Casa. Ele comentou o caso de uma família que teve o exame de identificação do sexo do bebê errado. A mãe comprou um enxoval rosa, mas teve um menino. “Eu gostaria que Valmir Dornelas (provedor do hospital) atendesse ao telefone. Ele não atendeu porque sabia que era bucha”, afirmou.
Ele relembrou o caso de uma senhora, divulgado com exclusividade, pelo jornal A Cidade, de Regina Conceição Vilas Boas Malaquias. Ela aguardava há mais de um ano o procedimento. “Valmir jogou responsabilidade para o médico de desmarcar a operação, o médico não tem nada a ver com isso. Quem manda na Câmara, é o presidente; na Prefeitura, o prefeito e no hospital, o provedor”, frisou.
Outro lado
O vereador e líder de governo, Silvio Carvalho, afirmou que Fabiana Parma estava de férias. “Dentro da administração municipal, eu acho que o trabalho vem sendo bem realizado. Ninguém consegue uma saúde 100%”, destacou.
Ele citou ainda a migração de pessoas de outros Estados para Votuporanga. “As cidades de São Paulo estão ficando “inchadas”, com estes cidadãos. Ás vezes, não temos a estrutura que precisam, mas temos emprego”, finalizou.