Karolline Bianconi
Sirlei Terezinha Alves Dias Zanelato esteve na Rádio Cidade ontem, participando do Jornal da Cidade. Ela falou sobre a sua trajetória de luta contra o câncer.
Ao lado do marido, o presidente do Conseg, Jesimar Zanelato, Sirlei contou que quando ouvia falar em câncer, já tinha muito medo. “E o que mais eu tinha pavor, aconteceu comigo”, destacou.
Ela contou que descobriu a doença em 24 de dezembro do ano passado, às vésperas do Natal. Ao passar a mão na axila encontrou um nódulo, mas achou que era uma glândula. Preocupada com o que se passava, procurou o médico Sérgio Buzato, com o qual já tinha sido atendida há 12 anos, quando o filho caçula nasceu.
Sirlei explicou que recebeu a doença com calma. “Ao ver o laudo, ele me disse que eu estava com um novo problema. Ele ficou parado, espantado, para dar o resultado. Aí eu falei que era forte, que poderia me contar, momento em que meu marido se emocionou. Vendo Zanelato assim, eu o confortei, dizendo que esta doença era minha, e eu sorri. Disse ao Buzato que eu estava disposta a fazer o que era necessário e ele me mandou para Barretos, com o dr. Antônio Bordini”.
Ela lutou contra o câncer neuroindócrino invasivo, que veio de outros lugares do corpo e que se instalou ao lado da mama. “Ainda bem que foi ali, pois em outro lugar seria mais difícil”, falou, acrescentando que foi necessário fazer uma cirurgia para a retirada do nódulo.
O tratamento teve início em São José do Rio Preto. Sirlei fez quatro sessões de quimioterapia. “Não foi fácil, porque só quem passa por isso sabe o que é. Eu sofri bastante, mas fiquei firme, não me deixei abater”.
Ela contou que durante este período, pensou em sua vida e no que poderia fazer pelo próximo. Viu seus cabelos caírem, mas levou na esportiva e até participou da organização do chá em prol do Bazar do Bem, que visa construir um espaço para que voluntárias vendam peças de artesanato com total renda revertida para a Santa Casa de Votuporanga. “As pessoas diziam que eu estava forte, e eu queria estar assim mesmo, ativa”, destacou.
Ela disse que o médico a acolheu como um pai e que até para a cirurgia ele a acompanhou abraçado. Como gostou do atendimento, Sirlei o convidou para ministrar a palestra em Votuporanga. Entretanto, Nilton só aceitaria o convite se sua paciente estivesse bem de saúde e respondendo positivamente ao pós-operatório.
“Câncer não é sinônimo de morte. Você tem que associar a vida e pensar um pouco mais na sua, no que pode fazer. Todos, um dia, iremos morrer, faz parte. E através do que vivi, hoje penso em ajudar muitas pessoas”, disse.