Proprietários de estabelecimentos questionaram a Câmara Municipal sobre o funcionamento das propostas apresentadas
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Dez proprietários de postos de gasolina participaram de uma reunião com os vereadores para falar sobre os três projetos de leis elaborados por Douglas Lisboa, André Figueiredo e Edilson Pereira Batista (Edilson do Santa Cruz) envolvendo o consumo de bebida alcoólica nos pátios das conveniências, segurança das bombas de combustíveis e utilização de aparelho celular, respectivamente.
As dúvidas dos donos dos estabelecimentos foram com relação ao termo de isolamento e qual distância de uma bomba para a outra, além do que seria área de pátio. Os questionamentos são referentes à proposta de André Figueiredo, que visa que as calçadas e pátios de manobras dos postos de combustíveis fiquem inteiramente livres de detritos, tambores, veículos sem condições de funcionamento, mesas e cadeiras e quaisquer objetos estranhos à respectiva atividade comercial.
O presidente da Casa de Leis, Eliezer Casali, admitiu que o projeto não contempla as dimensões do isolamento.
Os proprietários também não concordaram com o uso de correntes para as áreas próximas às bombas, de segunda a sexta-feira das 22 até 6h do dia seguinte; de sábado, domingo e feriados das 14 até as 6h do dia seguinte.
Eduardo Oliveira, do Posto Prático, afirmou que não tem público ao lado das bombas, em mesas. Ele perguntou se mesmo neste caso, será obrigatório o isolamento. “Meu público não é somente de Votuporanga. As pessoas que moram aqui e sabem da lei, vão entender, mas os turistas que olharem o local cercado vão pensar que está interditado”, disse.
Cássio Valente (Autoposto Flex) ressaltou os cuidados que ele toma para ajudar na segurança do estabelecimento. “Eu criei um disjuntor separado para cada bomba de combustível e utilizo apenas uma ilha de abastecimento à noite. As demais ficam encapadas, mas não vejo necessidade de correntes”, frisou. André Figueiredo enfatizou que a medida é para a segurança daqueles que frequentam os postos.
Cassio contou ainda que o problema de seu estabelecimento é o som alto de pessoas que estacionam seus carros nas proximidades dos postos com caixas de isopor e bebidas. Ele frisou que este não é o seu público. “A gente chama a Polícia Militar, mas quando as viaturas chegam, o som fica baixo. Eu não posso zelar pelo outro lado da via. Precisamos de uma ação mais efetiva da Polícia para os flagrantes”, enfatizou. O empresário disse ainda que quando a PM fecha o cerco no sambódromo, eles partem para as imediações ao redor do seu negócio.
Participaram da reunião os vereadores Vilmar da Farmácia, Eliezer Casali, Douglas Lisboa, Pedro Beneduzzi, Wartão José dos Santos, André Figueiredo, Silvio Carvalho (líder de governo) e Osmair Ferrari.