Andressa Aoki
Depois de mais de uma semana da greve dos Correios, a população de Votuporanga ainda sofre as consequências de 42 dias da paralisação dos carteiros. Os envelopes chegam aos poucos nas residências. Para amenizar esse atraso, mutirões são realizados nos finais de semana, com auxílio de grupos de Araçatuba e São José do Rio Preto.
Os profissionais admitem que as entregas estão atrasadas. E um dos motivos seria a quantidade de trabalhadores afastados do serviço. De 32 carteiros, sete não estão atuando. Além disso, recentemente, um dos funcionários se aposentou e ainda não foi contratada uma pessoa para substituí-lo.
De acordo com informações da agência, cerca de 400 mil cartas ainda devem ser distribuídas. Para apressar neste trabalho, os carteiros estão atuando duas horas a mais por dia para colocar a entrega em ordem.
Os Correios
Os Correios afirmam que as entregas serão regularizadas com a compensação dos dias parados pelos grevistas, conforme determinado pelo TST, e com medidas do plano de continuidade da empresa, que inclui a realização de horas extras e mutirões nos finais de semana. Dos 42 dias paralisados, 27 deverão ser repostos pelos trabalhadores pela decisão judicial.
A greve
Em 29 de janeiro, os funcionários deflagraram o que foi uma das maiores greves da história dos Correios. Os manifestantes pediam melhorias nas condições de trabalho e benefícios. A categoria era contra a privatização do plano de saúde e queria o pagamento de uma gratificação no plano de cargos e salários, além da entrega de cartas só no período da manhã.