Prefeitura garante que nenhum teste possui 100% de acerto, mas aprova eficiência do laboratório oficial; nova avaliação custa R$80
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Donos de animais diagnosticados com leishmaniose em Votuporanga têm contestado os resultados apresentados nos exames realizados gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde. Para confirmar, alguns deles buscam veterinários particulares para nova avaliação. O medo é de entregar o cão para ser sacrificado sem a precisão da doença.
Uma das situações aconteceu com um animal da raça Fila, que foi apontado como doente no final do ano passado. Agentes de saúde passaram pela casa de seu dono, na Vila América, coletando sangue dos cães, a outra, da raça pinscher, também foi examinada, mas o resultado foi negativo.
A Fila, de apenas um ano e quatro meses, não apresentava nenhum sinal de doença, o que incentivou seus donos a pedir uma nova prova, com um custo aproximado de R$80. Em fevereiro, saiu o resultado do segundo exame, como negativo para a doença.
Apaixonado pelo seu animal de estimação, Lucas Polles ficou muito preocupado e assustado. Ele não pretende autorizar novo exame no cão, nem entregá-lo para ser sacrificado.
Lucas disse que, de acordo com o que lhe informou seu veterinário, realmente o seu animal não está doente.
Outra situação parecida aconteceu com uma amiga de Lucas, que, ao refazer o exame em laboratório particular, descobriu que seu cachorro tinha infecção de urina.
Sobre estes resultados diferentes, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o exame de LVA (Leishmaniose Visceral Americana), como qualquer outro para detecção de doenças, em qualquer espécie, seja, em animais ou humanos, não há 100% de acerto. “Trabalhamos com essa situação diariamente e podemos afirmar com absoluta certeza que o exame realizado pelo laboratório oficial é de ótima qualidade. Quando os resultados são divergentes, colhemos uma nova amostra e enviamos para o IAL/ SP (Instituto Adolfo Lutz) de São Paulo”.