Acusado de homicídio, Rogaciano de Oliveira, que está no CDP de Riolândia, precisava de escolta até o Tribunal do Júri
Leidiane Sabino
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O julgamento de Rogaciano Sousa de Oliveira, acusado de matar Elso de Almeida, conhecido por Coelho, que aconteceria ontem, às 9h, no Fórum de Votuporanga, foi cancelado devido a falta do réu. De acordo com o juiz Jorge Canil, esta situação ocorreu devido a falta de escolta para levar Rogaciano, que está no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Riolândia, até o Tribunal do Júri.
São os agentes penitenciários que fazem a segurança até o Fórum. O juiz Jorge Canil foi avisado ontem, às 9h10, que o transporte não aconteceria e que, se quisesse, poderia buscar o acusado. “Mesmo que tivessem comunicado antes, nós não temos estrutura para trazer o preso até aqui”, disse.
Não foi marcada nova data para o julgamento. O juiz vai esperar o anúncio do fim da greve dos agentes penitenciários. Para a próxima semana, tem agendada outra sessão, com um acusado de outro crime, que se encontra preso também na penitenciária de Riolândia, porém, ainda há dúvidas se será possível acontecer a sua escolta até o Fórum local.
A greve dos funcionários do sistema prisional no Estado de São Paulo tem causado algumas situações complicadas para a Justiça. Em Votuporanga, foi preciso cancelar o julgamento, além de ter sido dificultada a entrada de presos que estavam na Cadeia da cidade na Penitenciária “João Batista de Santana”, em Riolândia, na última quinta-feira.
O crime
Rogaciano Sousa de Oliveira é acusado de matar Elso de Almeida, o Coelho. Segundo o Ministério Público, o réu teria desferido uma facada em Coelho durante um churrasco em julho do ano passado, em uma chácara que fica em uma estrada rural entre o bairro São Cosme e o Horto Florestal. Para o MP, Rogaciano agiu por motivo fútil, empregando recurso que dificultou a defesa da vítima, provocando-lhe a morte. Segundo a denúncia, ao ser interrogado, o réu confessou ter golpeado Elso, sustentando a legítima defesa, porque a vítima teria primeiramente o ferido com canivete, forçando uma reação. “Desesperei e acertei ele”, falou.
As testemunhas presenciais não fizeram referência à agressão que a vítima teria praticado antes. Os militares que atenderam a ocorrência encontraram Coelho no chão, com faca cravada no peito.
Rogaciano fugiu do local, mas foi localizado, graças à intervenção do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), porque foi socorrido após sofrer ferimentos, durante a fuga, em um arame farpado.