Presidente do Sindicato recebeu trabalhadores e vereadores para falar sobre as propostas
Leidiane Sabino
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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais reunir os trabalhadores da administração municipal e Saev Ambiental (Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente) ontem, às 17h30, na Câmara Municipal para discutir as proposta de reajuste salarial. Alguns presentes levantaram a possibilidade de greve, que, de acordo com o sindicato, só acontece se tiver boa adesão dos funcionários. Entre os poucos servidores presentes para analisar a contraproposta apresentada pela Prefeitura, a decisão final foi de que haverá uma mobilização na manhã do próximo sábado, dia 22, em demonstração da insatisfação com o salário e benefícios.
“A greve é uma gestão de unidade, caso nem todos aceitem, algumas categorias isoladas podem fazer. É preciso discutir entre os nossos pares esta situação. Hoje, a greve ainda é a melhor possibilidade de conseguir algo concreto. Vocês, que atuam no dia a dia, é que vão articular isso, caso desejem”, disse o advogado do sindicato, José Alberto.
O Sindicato entregou a sua pauta de reivindicações no dia 28 de fevereiro para o Poder Executivo, que devolveu seus apontamentos na terça-feira da semana passada e queria uma resposta rápida. O advogado ressaltou que era preciso discutir as ideias com os servidores antes de tomar qualquer decisão.
A categoria pedia 15% de reajuste salarial, com margem de 5% para negociação, aumento de R$ 70 no valor da cesta básica, que passaria de R$ 150 para R$ 220, incorporação aos vencimentos dos R$ 90 de prêmio de assiduidade e mudanças na relação trabalhista entre empregador e funcionários, com implantação de critérios específicos para aberturas de sindicâncias.
O advogado do sindicato contou que a administração municipal disse que não discute as cláusulas administrativas. Além disso, “fizeram uma oferta de bonificação de R$20,00. Valor que o servidor perde assim que se aposenta ou fica de licença, o servidor não tem um ganho real com este benefício”, falou o advogado.
Os vereadores Douglas Lisboa e Edilson do Santa Cruz e Jurandir Benedito da Silva acompanharam a reunião.
Douglas ressaltou que a categoria precisa de fortalecer para conseguir melhores resultados das próximas vezes que forem discutir os aumentos. Como servidor público municipal, ele disse que sabe que o salário é pequeno. “É preciso se mobilizar bem antes do período de votação do projeto na Câmara”, falou. Edílson também cobrou maior unidade da categoria em busca de melhorias.
Presidente do Sindicato cobra maior participação de servidores
Vocês não sabem a força que têm. Precisam ser mais unidos. Sozinho, o sindicato não faz nada. “É preciso ter a força de todos, porque eu não posso forçar o prefeito a dar aumento para vocês”, disse Inácio de Oliveira, presidente da entidade.
Nova proposta – na reunião, ficou definido que o Sindicato entregará na segunda-feira mais uma proposta para o município, pedindo abono de R$70,00; cesta básica de R$200,00; e premio assiduidade de R$100,00. O reajuste do salário ficaria nos 5,40% propostos pela administração municipal.