Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Desde outubro do ano passado, o Procon de Votuporanga integra o “Ranking On-line de Reclamações”, que faz parte do Sistema Nacional de Informação ao Consumidor (Sindec). Com esta publicação, os dados são disponíveis em tempo real para a população, resultando numa importante ferramenta no processo de fortalecimento da Política Estadual de Defesa do Consumidor, em relação a problemas causados com fornecedores de diversos setores da economia. De acordo com André Thomé, diretora do Procon local, as empresas que constam como mais reclamadas, perceberam que a divulgação do cadastro de críticas tem acarretado impacto negativo. Sendo assim, algumas estão propondo medidas de redução de demandas.
Com a integração neste processo, todos os dados de atendimentos do Procon de Votuporanga podem ser consultados na internet pelo site: www.votuporanga.sp.gov.br .
Andréa Thomé disse que o principal objetivo de todo este trabalho é “garantir a informação dos atendimentos realizados e quais os problemas registrados. Além do que, os dados veiculados se tratam de indicadores públicos compartilhados por todos que integram a Defesa do Consumidor, tais como Ministério da Justiça, Ministério Público, agências reguladoras, entre outros”.
Ela contou ainda que, “com estas informações, o consumidor passa a contar com um cenário cada vez mais claro para exercer seu direito de escolha no mercado e optar pelos fornecedores que mais o respeitam”, disse Andréa.
A diretora disse também que, em 2012, quando da divulgação do primeiro ranking pelo Procon de Votuporanga, o setor financeiro (BMG, BV e Bonsucesso) liderou as primeiras posições da lista, seguido pela Claro, Bradesco/Itaú/Unibanco, Elektro, BGN, Vivo e Motorola.
Já em 2013, houve alterações de posições, porém, os setores de telefonia e financeiro continuam sendo os que mais geram problemas. “Algumas empresas, de certa forma, buscaram cumprir o plano de metas para a diminuição de demandas junto aos órgãos de defesa do consumidor. As empresas de telefonia móvel e fixa voltaram às primeiras colocações do ranking de atendimento”, explicou.
O Procon realiza audiências de conciliação diariamente, dando oportunidade da empresa solucionar o problema sem que o mesmo acabe na Justiça.
“Atualmente, nota-se que mais de 80% das firmas enviam representantes/advogados para formalizar acordos, que se não cumpridos, poderão ser executados judicialmente, o que agiliza o procedimento jurídico”, contou a diretora do Procon.
Segundo Andréa, as empresas sabem que é caro o custo de um processo judicial, desse modo, elas estão aumentando o índice de solução no Procon, destacando que alguns fornecedores se preocupam em manter o consumidor na sua base de clientes.