Contentamento ou pressão? Somente cerca de 100 servidores, dos quase dois mil acompanharam ação na Praça São Bento
Leidiane Sabino
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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga mobilizou a categoria para uma carreata na manhã de ontem, em manifestação pelo descontentamento com relação ao reajuste salarial apresentado pelo Poder Executivo e aprovado pelos vereadores na sessão da Câmara de segunda-feira (17). Aproximadamente 100 funcionários da municipalidade se reuniram na Praça São Bento.
Com apoio da Fessp (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo), da Frente Sindical e do vereador Jurandir Benedito da Silva (Jura), os trabalhadores reclamaram dos valores pagos como salário.
O presidente da entidade, Inácio Pereira, deixou clara a sua insatisfação quanto a pequena quantidade de participantes. “Sozinho, um membro de sindicato não faz nada. Ou estão satisfeitos com a oferta do prefeito ou sofrendo pressão para não comparecerem, acredito mais na segunda opção. O servidor tem medo das consequências de uma manifestação”.
Em faixas, a entidade também mostrou descontentamento com a participação do vereador Edilson Pereira Batista na negociação salarial junto ao prefeito Junior Marão. “Essa intervenção nos prejudicou”, disse Inácio.
Servidores, que não quiseram divulgar seus nomes, falaram que foram pressionados a não participar da carreata.
“Os outros não vieram por medo. Alguns diretores pediram para que não participássemos”, disse uma das manifestantes.
Ana Maria dos Santos, técnica em educação, contou que tem o salário base de R$870,00 e trabalha há 22 anos na administração municipal. “Já tive que fazer empréstimo para comprar remédios para meu filho”, disse.