Proprietários dão suas opiniões sobre proibição de mesas e cadeiras, aprovada pela Câmara; eles temem perder clientes
Karolline Bianconi
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Com a aprovação da lei municipal na qual os postos de combustíveis não poderão mais ter mesas e cadeiras nas proximidades das bombas, o jornal A Cidade procurou ouvir os proprietários destes estabelecimentos para saber a opinião sobre essa legislação. A votação aconteceu na última segunda-feira, na sessão ordinária da Câmara Municipal.
O projeto
O vereador André Figueiredo é o autor do projeto que solicita isolamento das áreas relativas às bombas de combustíveis, salvo para abastecimento. Somente dois vereadores votaram contrários à matéria. São eles: Pedro Beneduzzi e Mehde Meidão Slaiman Kanso.
Opinião
Cássio Valente é proprietário do Autoposto Flex, que fica no cruzamento das ruas Sergipe e Goiás. Ele disse que não conhecia a medida, mas decidiu expor sua opinião.
“A lei atrapalha a partir do momento que impede de exercer a atividade de qualquer estabelecimento. Todos sabem que hoje os postos de combustíveis não comercializam apenas álcool e gasolina. Somos agora um centro de serviços. Nós fazemos a venda e não podemos limitar a área onde o cliente poderá consumir ou não”, destacou.
O empresário Eduardo Karkar, dono do Autoposto Alvorada, também está em dúvidas sobre a nova medida que deve ser colocada em prática em breve na cidade. “Eu concordo e discordo”, adiantou.
Karkar está de acordo que mesas com bebida alcoólica ao redor das bombas oferecem risco, mas sugere que a lei possa estabelecer um número de mesas no estabelecimento, para atender os clientes que desejam descansar enquanto esperam pela finalização de um serviço. “Tinha que ter uma distância da bomba, por exemplo. Muitos irão ao meu estabelecimento e se for demorar, não poderão sentar. Concordo que bebida e direção não combinam”, disse.