Agências de cidades como Votuporanga, Fernandópolis e Santa Fé do Sul podem sofrer fusões e demitir funcionários
Leidiane Sabino
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O Sindicato dos Bancários de Votuporanga realizou uma manifestação contra demissões do banco Santander, ontem, nas agências da cidade e municípios vizinhos. A intenção é colher assinaturas dos clientes para levar um documento contra os desligamentos de trabalhadores, em favor da redução de tarifas e também com pedidos de contratações, até o presidente da instituição financeira, Jesús Zabalza, no dia 28 de maio, em São Paulo.
De acordo com Harley Ap. Vizoná, presidente do Sindicato dos Bancários de Votuporanga, em 2014, de janeiro até abril, o Santander demitiu 970 funcionários e, em 12 meses, somam-se 4.800 exonerações, sendo aproximadamente 15 da região de Votuporanga.
“Há uma orientação do comando da empresa para que no dia 30 de maio sejam fechadas várias agências, entre elas, as de Floreal, Meridiano, Turmalina, Pedranópolis, São João das Duas Pontes, Rubinéia e Guarani D’oeste. Além disso, nas cidades onde há duas unidades, como Votuporanga, Fernandópolis e Santa Fé do Sul, haverá uma fusão e, como uma delas deixará de existir, trabalhadores podem perder seus empregos. Em Jales, esta união das agências já aconteceu”, disse Harley.
Em Votuporanga, o Santander conta com aproximadamente 80 servidores, concentrados em duas agências, sendo uma delas o antigo banco Real e há também um posto localizado na Unifev (Centro Universitário de Votuporanga).
Manifesto
Nas portas das agências bancárias do Santander de Votuporanga, o Sindicato dos Bancários distribui um manifesto contra a política de gestão adotada pela atual presidência do banco.
De acordo com o Sindicato, com as 4.800 demissões dos últimos 12 meses, são milhares de trabalhadores a menos, ao mesmo tempo, a instituição financeira ganhou 3 milhões de novos clientes.
“Tudo isso fez com que o Santander figurasse na liderança de reclamações do Banco Central pelo terceiro mês seguido em 2014 e também pela sobrecarga de trabalho, que gera uma série de doenças ocupacionais nos bancários. No ano passado, o Santander arrecadou quase R$10 bilhões só com as tarifas cobradas. Com esse valor, o banco poderia contratar mais 25 mil funcionários. O banco tem lucro e a unidade brasileira responde por 20% do lucro mundial. Portanto, nada justifica a política de corte de postos de trabalho adotada pelo banco”, diz a nota entregue as clientes pelo sindicato.