Vereadores se reuniram com a população e há a possibilidade de interdição da via por um período para cobrar melhorias
Leidiane Sabino
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Margareth Dulcineia Favareto Filasse levou um susto na manhã de ontem ao encontrar funcionários do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) fechando o acesso improvisado entre a marginal e a rodovia Péricles Belini (SP-461), nas proximidades do quilômetro 125, no final a avenida Onofre de Paula.
Agora, para conseguir chegar até a pista, os moradores precisam sair da cidade pela rodovia Euclides da Cunha ou no V Distrito Empresarial.
Margareth procurou o vereador Osvaldo Carvalho, indignada com a situação, que se reuniu com Jurandir Benedito da Silva (Jura) e Matheus Rodero para buscar uma solução para esta questão.
“Meu pai, de 93 anos de idade, mora há 67 em uma propriedade rural que fica nesta marginal. Agora, ele ficou preso aqui. Está cada vez mais difícil encontrar um caminho para sair de casa”, disse Margareth.
A falta de acesso neste local é uma novela que se estende desde a duplicação de um trecho da Péricles Belini. “O maior problema aqui é a falta de alças de acesso, que foram contempladas pelo projeto original, mas o Estado não construiu nenhuma. O governo cortou recursos e fez o trabalho pela metade. Tem van que traz alunos aqui para o Noroeste, que vai ter que deixar os estudantes na rodovia. É um absurdo”, disse Jura.
De acordo com Osvaldo Carvalho, a saída que fica logo após o bairro Paineiras, deve ser fechada hoje. “Falei com os homens que estavam trabalhando aqui. Eles falaram que só cumprem ordem e que voltam amanhã (hoje)”.
Os vereadores disseram que a marginal tem cerca de sete propriedades rurais com moradores que estão ali há quase 70 anos e agora passam por todo esse transtorno. Além dos motoristas que passam pelo trecho.
Osvaldo ressaltou que as lideranças devem se unir para resolver a situação. “Essa obra já começou errada. Fechando tudo por aqui, sem colocar passagem para os moradores. Depois, deixaram as alças de acesso para trás. Conversei com comerciantes, moradores e lideranças que estão dispostos a fazer uma manifestação e fechar a rodovia por um período para chamar a atenção do Governo do Estado”, falou.
O vereador contou ainda que antes do período eleitoral, no ano passado, o governo abriu licitação para fazer as alças de acesso, que custarão cerca de R$3 milhões. Depois do período eleitoral, o processo foi cancelado e nada resolvido. “Cadê o comprometimento e compromisso do governo”, questionou Osvaldo.
Diversos ofícios já foram encaminhados pelo Poder Legislativo local solicitando a construção das alças de acesso. Inclusive com abaixo-assinados.
Em matéria publicada no jornal A Cidade no dia 5 de fevereiro deste ano, o DER falou da possibilidade de fechar o local.
“Com o objetivo de garantir a segurança dos motoristas e usuários do trecho, o DER irá vistoriar o local e estudar o fechamento do acesso não autorizado”, disse o órgão naquela época.
Em nota, o DER ressaltou que os moradores dos bairros locais, que pretendem seguir ao centro da cidade, deverão acessar o viaduto já implantado. No caso, os acessos no 5° Distrito e em Parisi e o retorno na rodovia Euclides da Cunha.