Pasta ainda alerta sobre cuidados com a doença; redução dos números é resultado de ações preventivas realizadas no município
Para Élcio Sanches, os números mostram que o encoleiramento dos cães está dando certo
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
O primeiro caso de leishmaniose em um cão em Votuporanga foi diagnosticado em junho de 2010. A partir daquela data o município iniciou um planejamento para prevenir o avanço da doença. O trabalho realizado ao longo dos anos surtiu resultados e, em 2015, apenas um humano teve a doença até o momento. Ao longo dos anos, 64 pessoas ficaram doentes, sendo um de 2015, notificado no mês de abril. Foram totalizados 15 óbitos desde 2010.
Até o momento, Votuporanga já registrou 4214 casos de animais com leishmaniose. Deste total, 43 cães foram acometidos em 2015. Por causa da doença 3.782 cães precisaram ser eutanasiados, sendo 25 de 2015.
“O cão é o principal reservatório da doença, o sangue do animal serve como alimento para o mosquito palha. Como a leishmaniose visceral não tem cura e o animal é um reservatório da doença, faz-se necessária a eutanásia dos cães reagentes”, esclareceu Élcio Sanches, médico veterinário responsável pelo Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) de Votuporanga.
Para Élcio Sanches, os números mostram que o trabalho preventivo com o encoleiramento de 100% dos cães do município está dando certo. “O decréscimo dos números é favorável, porém, não devemos nos descuidar nas ações de controle à leishmaniose”, disse.
Entre as ações realizadas no município está o Programa de Castração de cães e gatos e o encoleiramento de cães contra a leishmaniose visceral.