Jura foi contra a proposta, alegando que agora outros profissionais podem reivindicar também a diminuição
Isabela Jardinetti
Os vereadores votaram cinco projetos na noite de ontem, um deles foi a proposta de lei complementar 14/2015, que altera a carga horária dos servidores públicos municipais de odontologia. Seis vereadores votaram contra o projeto, Jurandir da Silva, Osvaldo Carvalho, Pedro Beneduzzi, André Figueiredo, Vilmar da Farmácia e Edilson do Santa Cruz.
A justificativa do projeto diz que atualmente a carga horária desses servidores é de 20 horas semanais, com quatro horas diárias, sendo que ao final de cada dia de trabalho é necessário a realização de um procedimento exigido pela Anvisa denominado “limpeza terminal”.
Jura, que foi contra o projeto, disse que não há pessoa nessa cidade mais sensível que o prefeito Junior Marão. “Ele não fala não para ninguém. Por isso ele recebeu os odontólogos e que, sem condições de aumento de salário, acabou acatando uma proposta para a redução de carga horária. Essa categoria, além de ser unida, tem grande poder de convencimento”, disse.
Ele contou ainda que houve uma rejeição da sociedade para o projeto. “Porque não reclamaram disso quando passaram no concurso público, só estão reclamando agora”, indagou.
Meidão foi favorável ao projeto e disse que outras propostas parecidas já foram aprovadas pela Câmara. “Temos que trabalhar com produção. O consultório de dentista tem que ser fechado e ser preparado. Na saúde, o povo quer a produção, você pode fazer quatro horas e não atender ninguém, agora o bom profissional atende todo mundo”, falou.
Por fim, Silvão também defendeu o projeto. “Esta casa tem trabalhado para melhorar a qualidade de vida dos nossos funcionários. Já votamos projetos que melhorou a situação de operadores de máquinas, de motoristas de ambulância. Já tivemos projetos que melhorou para os engenheiros e advogados. Mas, tudo isso, não de uma vez, mas por categoria”.
Os demais projetos, o de lei complementar 17/2015, e os projetos de lei 89/2015, 90/2015 e 91/2015 foram aprovados por unanimidade.