Vereador Jurandir foi contra a proposta, dizendo que a ação busca recursos financeiros para a Prefeitura de Votuporanga
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Um projeto que entrou de regime de urgência na Câmara na segunda-feira gerou alguns discursos mais exaltados. A proposta 87 de 2015 autorizou o Poder Executivo a alienar dois imóveis para a venda. De acordo com o vereador Jurandir da Silva, o Jura, o prefeito está em busca de recursos financeiros.
“Na semana passada o prefeito fez reunião com os secretários e cada um saiu com uma planilha para cortar cargos de comissão. E agora para abrir caixa estamos abrindo mão do patrimônio de Votuporanga. É contraditório, são terrenos importantes e razoáveis da cidade, que não deveriam ser vendidos”, falou.
Um dos imóveis fica ao lado de um prédio da Prefeitura que está em funcionamento no bairro Pozzobon. “Um imóvel é uma área no Centro de Lazer e outra no Pozzobon anexo a um órgão municipal. De repente poderíamos ter a necessidade de ampliar aquele local, e aí teríamos que comprar de volta? A Câmara Municipal deveria ter mais cuidado com estes projetos, não é má fé, mas não vejo a necessidade da Câmara aprovar um projeto que chegou no mesmo dia”, acrescentou Jura.
O líder de governo, Silvio de Carvalho, comentou que houve um levantamento das áreas para que fosse feito o projeto. “Já na questão de cargos de comissão, a Administração Municipal já pediu para os secretários cortar na carne os cargos de comissão. Enquanto isso, Michel Temer está distribuindo 6 mil cargos de comissão para se fazer a reforma fiscal. Não há nada de prejuízo para os cofres públicos”, disse.
Já Pedro Beneduzzi falou que tem lotes na cidade que há anos que estão parados. “O prefeito está coberto de razão, tem que vender tudo e trazer dinheiro para a Prefeitura. Mas ele tem que pegar esses lotes que ficam parados, sem calçadas e dar um jeito”, comentou.
Osvaldo Carvalho falou sobre a sede do Conselho Tutelar, que poderia ser trazida para a Secretaria de Direitos Humanos, para que faça uma economia com o aluguel. Douglas Lisboa disse que a Prefeitura tem que se desfazer do patrimônio material, por causa da atual condição econômica.
O projeto foi aprovado, mas com o voto contrário de Jura.