Empresário esteve ontem em Votuporanga para uma palestra beneficente ontem contou sobre a sua história de superação
Leidiane Sabino
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Antes da palestra realizada na noite de ontem, com o tema “Reaprendendo com Marcelo Facchini”, no Ville Eventos, Marcelo Facchini concedeu entrevista ao programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para falar um pouco de suaa história de superação.
“Marcelo faz uma excelente palestra, contanto a sua fascinante história de vida. Ele é uma pessoa muito conhecida em nossa cidade e região, grande empresário no grupo Facchini. Marcelo teve um acidente automobilístico grave e luta até hoje”, falou o provedor da Santa Casa de Votuporanga, Valmir Antônio Dornelas.
As pessoas que assistiram a palestra doaram dois quilos de arroz que foram repassados para a Santa Casa. “Hoje, servimos por dia 1.800 refeições no hospital, temos um custo muito alto na cozinha e os alimentos que recebemos ajudarão a diminuir a despesa”, falou Valmir.
“Agradeço pela oportunidade da palestra. Tenho 24 anos de trabalho na Facchini mais seis de acidente. O acidente em que eu morri; precisei ver o meu mundo ser destruído para saber que sou muito mais forte. Falo na palestra de tudo o que fiz nos momentos de superação, as quedas que tive, as reações, a força, as cinco ou seis operações que tive após o acidente. Fui forte o bastante para estar aqui hoje e nunca pensei em desistir. A gente pode achar Deus no amor ou na dor, eu achei na dor. Precisei que fosse tirado de mim algo muito importante, que é a parte motora, para me preparar para algo maior, que é falar de motivação e superação para as pessoas”, destacou Marcelo.
O acidente sofrido pelo palestrante foi na rodovia Euclides da Cunha, em 2009, em Ecatu, quando ele seguia de São José do Rio Preto para Votuporanga e bateu de frente com outro carro. “Sai morto do acidente, os médicos olham para mim e falam que quem me deixou vivo foi Deus, porque meu cérebro virou um emaranhado. Fiquei em coma por 20 dias, tive risco de morte por 15 dias, foram dois meses internado mais uns 30 dias de cirurgias após o acidente”, contou.
Para Marcelo Facchini, não adianta reclamar de dinheiro, de amor, trabalho. “A gente tem que reclamar da falta de saúde, por isso estamos ajudando a Santa Casa. Trabalho, dinheiro, amor, se você correr um passo a mais, você pode conseguir”, ressaltou.
No acidente, Marcelo teve apenas a parte motora atingida. Ele disse que o tratamento é permanente e deve seguir pela vida toda. “Um problema neurológico é para a vida inteira, com 80 anos, se estiver vivo ainda, continuarei na fisioterapia”.
Depois de ficar seis meses na cama chorando, questionar as razões de ter sido atingido pelo acidente, Marcelo resolveu lutar com todas as forças.
“Foi difícil aceitar, não consegui compreender porque eu, uma pessoa boa, que ajudava todo mundo, que acabava de ser pais de gêmeos. Depois que encontrei a Deus, é que compreendi. Não reclamo de minhas dificuldades, não choro mais, apenas trabalho, me dedico à fisioterapia e cuido da minha família. Amo o meu trabalho, tudo o que eu fazia, que me dava prazer, destinei a minha dedicação à empresa. De tudo isso, aprendi a me dedicar mais aos amigos e ajudar aos outros”.