Primeiro caso da doença em humano este ano foi em abril e o outro no dia 9 de junho
A leishmaniose é uma doença que preocupa em Votuporanga. Os cuidados da população e saúde pública ainda não conseguiram livrar o município de novos casos. O primeiro em humano de 2015 foi registrado no mês de abril e o segundo em 9 de junho, em uma mulher de 29 anos.
Com relação aos animais, neste ano, já são 270 exames, com 63 positivos e 47 eutanásias realizadas por causa da doença. No ano passado foram 1.069 exames coletados, com 404 resultados positivos e 365 animais eutanasiados.
O primeiro caso de leishmaniose em um cão em Votuporanga foi diagnosticado em junho de 2010. De lá até o momento, foram totalizados 15 óbitos humanos por complicações da doença, nenhum em 2015.
“O cão é o principal reservatório da doença, o sangue do animal serve como alimento para o mosquito palha. Como a leishmaniose visceral não tem cura e o animal é um reservatório da doença, faz-se necessária a eutanásia dos cães reagentes”, esclareceu Élcio Sanches, médico veterinário responsável pelo Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) de Votuporanga.
Como prevenir a doença
A população deve adotar as medidas de prevenção à doença, como:
- limpar quintais e retirar permanentemente material orgânico, como frutos, folhas e fezes de animais;
- podar as árvores para propiciar a entrada de raios solares na raiz;
- retirar galinhas e galinheiros da área urbana – servem como fontes para o desenvolvimento do mosquito;
- não deixar cães dentro das casas, principalmente no crepúsculo e à noite;
- colocar coleiras e outros repelentes em cães sadios;
- comunicar a Secretaria de Saúde, em casos suspeitos em cães e humanos.
Ações do município
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses), realiza diversas ações de combate e prevenção, como:
- treinamento e orientações aos médicos, veterinários, agentes de saúde e enfermeiros para alerta e esclarecimento da doença;
- confecção de cartilhas, cartazes e folders para orientação sobre a doença;
- divulgação da doença por meio de entrevistas em rádios, TV’s, jornais, concedidas pelo médico veterinário responsável pelo Secez;
- realização de exames gratuitos para diagnósticos da doença;
- visitas de equipes da Vigilância em Saúde nas casas, após diagnóstico positivo em cão para orientação de toda família e diagnóstico do ambiente;
- eutanásia de cães positivos;
- apoio diagnóstico às clínicas veterinárias particulares;
- orientação aos moradores;
- programa de castração gratuita de animais;
- programa de encoleiramento de 100% dos cães do município (coleira impregnada com deltametrina 4%).