A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, teve alta de 0,1 ponto percentual e ficou em 5,4% para a pessoa física
A taxa média de juros do crédito para as famílias continuou a subir em maio e chegou ao recorde de 57,3% ao ano, a mais alta da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em março de 2011. De abril para maio, a alta foi 1,2 ponto percentual. Os dados constam de relatório mensal sobre crédito divulgado hoje (23) pelo BC.
A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, teve alta de 0,1 ponto percentual e ficou em 5,4% para a pessoa física.
A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 13,1 pontos percentuais, alcançando 360,6% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 1,3 ponto percentual para 115,9% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 232% ao ano, em maio, com alta de 6 pontos percentuais. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,3 ponto percentual para 27,2% ao ano.
A taxa média do crédito para as empresas subiu 0,3 ponto percentual para 26,9% ao ano. A inadimplência das empresas subiu 0,1 ponto percentual para 4%.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 9,6% ao ano. No caso das famílias, houve alta de 0,3 ponto percentual, com taxa em 9% ao ano.
A inadimplência do crédito direcionado ficou estável em 0,7% para empresas e subiu 0,1 ponto percentual para 2%, no caso das pessoas físicas.
O saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,081 trilhões, em maio, com crescimento de 0,7% no mês e 10,1% em 12 meses. No ano, a expansão ficou em 2,1%.