Programa atende 400 crianças com acompanhamento médico e terapêutico para crianças da rede municipal
Para se consolidar, cada vez mais, como referência em educação, a Prefeitura de Votuporanga investe a cada ano em novos projetos na área, inovando e se tornando modelo de gestão para todo o Brasil. Preocupada com o aprendizado dos seus alunos, a Secretaria da Educação implantou o PAM (Programa Aprender Melhor) em 2011, que identifica alunos com dificuldade de aprendizagem e oferece todo o apoio a eles.
Elvis Semenzato, de 7 anos, é um dos alunos atendidos pelo programa. Sua mãe, Letícia Mayra Semenzato, de 33 anos, sabe dos benefícios que o PAM trouxe para a vida do estudante do primeiro ano do CEM (Centro de Educação Municipal) “Profª Maria Izabel Martins de Oliveira”. “Antes, todo mundo encarava meu filho como problema e hoje não mais”, afirmou.
Elvis foi diagnosticado pela equipe multidisciplinar do PAM com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). “Elvis tem acompanhamento médico desde os dois anos. Já foi em neurologista, em psicólogo, quando o encaminharam para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Recanto Tia Marlene. O PAM tem outro olhar, mais interdisciplinar. Fico emocionada quando falo da iniciativa, que encara a criança em processo de desenvolvimento”, disse.
Letícia contou que não encontrava escolas preparadas para atender seu filho. “Ele é assistido desde quando o programa começou. Eu melhorei como mãe depois que fui assessorada. O atendimento é muito além de dar remédio, é lidar com o transtorno com respeito”, afirmou.
José Robson Samara Rodrigues de Almeida Júnior é psiquiatra infantil e integra a equipe do PAM. “O objetivo é identificar a origem do problema. Há casos em que há necessidade de tratamento psiquiátrico, no qual faço parte da iniciativa”, disse.
A coordenadora do Programa Aprender Melhor, Jaqueline Alexandre Batista, explicou que o PAM nasceu do Núcleo Intersetorial. “A escola identifica as crianças com dificuldade escolar e encaminha para o núcleo central. Depois do diagnóstico, o acompanhamento é mensal e gratuito em parceria com as Secretarias de Saúde e Assistência Social”, afirmou. Atualmente, 400 alunos de 28 unidades escolares recebem atendimento.
“Orientamos os professores também de como lidar com a criança. Este projeto é pioneiro na região e tem demonstrado grandes resultados”, finalizou Jaqueline.
A secretária da Educação, Silvia Rodolfo, ressalta os benefícios do PAM. “Conseguimos oferecer um atendimento individual, de modo que as crianças recebem apoio dentro e fora das aulas. Há alunos que fazem parte do programa Atendimento Educacional Especializado (AEE), com aulas de reforço e monitor. Fora do ambiente escolar, eles têm acompanhamento psicológico juntamente com suas famílias”, destacou.