André Figueiredo realizou uma visita no CEM Orozimbo Furtado Filho, em Simonsen, e fez questionamentos para a secretária
Silvia Rodolfo
Isabela Jardinetti
A audiência pública da Educação de Votuporanga, realizada ontem pela tarde na Câmara Municipal, deixou alguns vereadores surpresos. André Figueiredo realizou uma visita no CEM Orozimbo Furtado Filho, em Simonsen, e fez questionamentos para a secretária Silvia Rodolfo sobre trincados nos pisos de algumas salas de aula.
“O que me chamou a atenção é uma situação que presenciei nessa escola, fiquei triste em ver os alunos de Simonsen usando uma sala de aula, da forma que está o piso. Vejo que a população desse distrito se sente totalmente jogada”, indagou o vereador.
Silvia informou que a obra realizada na escola foi por um recurso do estado e que acharam por bem que ficasse sem o piso. “Já notificamos a empresa sobre os trincos. Mas não constava mesmo a colocação de piso, e nem é piso, é granelite. Porém, a escola de Simonsen, depois da municipalização, melhorou muito. A diretora Vera está lá há dois anos e vai contar o que acontece lá”, disse.
Foi aí que a diretora Vera Lucia Barela começou o seu discurso. “A diferença do piso, não vejo a necessidade, pois lá temos recursos tecnológicos de última geração, ar-condicionado, notebook com todos os professores, sala de informática das mais atualizadas”, disse.
Vera ainda conto que a comunidade está bem satisfeita com a escola. “A comunidade precisa é de lazer. Os pais reivindicam isso, que os vereadores não comparecem lá. Apareceu o André lá para ver a escola, mas que fique claro que esses trincos não causam transtorno nenhum ao aluno. Um trinco não faz diferença, o que faz a diferença é a capacidade do professor, e todos lá estão capacitados para o ensino”, falou.
Silvia ainda destacou que nesta escola em Simonsen está instalada a Primeira Biblioteca Jovem do país. “Eles não são excluídos, eles são muito importantes. Em 2010, quando a escola seria fechada pelo Estado, houve a municipalização, não deixamos que ela acabasse”, disse.
Celulares
André ainda continuou suas indagações perguntando sobre o corte da internet pelo celular para os professores.
Silvia disse que foi procurada por pais que disseram que seus filhos contam que o professor fica o dia todo no celular. “Temos uma norma que proíbe o uso do celular em sala de aula, e eles devem ser exemplo disso. Porém, a ferramenta deles para a alfabetização é o notebook”, contou.
A secretária ainda constatou pelas imagens de câmeras de segurança que os professores deixam os alunos sozinhos e ficam no celular. “Na escola, no momento que o professor não está em sala de aula, ele está em HTP para preparar a aula. Todo mundo sabe que você está lá, se a pessoa atende um celular ela vai assustar todos os alunos. Fomos verificar as câmeras e por isso foi solicitado que tirassem o wifi dos celulares e deixar só nos notebooks”, completou.
Descontentamentos
André ainda quis saber por que há um número muito grande de funcionários da educação que têm descontentamento com o trabalho desenvolvido pela secretária.
Silvia explicou que é uma pessoa exigente, e que exige, principalmente, que eles cumpram seus deveres. “Isso não é fácil, pois muitos estão acostumados e não cumprir. Quero que eles cumpram seus deveres, principalmente na aprendizagem dos alunos. Eu falo as coisas que eu penso, na hora, muito transparente, e não vou mudar”, disse Silvia.