Julgamento aconteceu na manhã de ontem na Casa de Leis e durou mais de quatro horas, com a presença de todos os parlamentares
Advogado Bruno Teixeira Gonzales com Edilson
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Mesmo estando em recesso parlamentar, a Câmara de Votuporanga realizou ontem pela manhã uma sessão extraordinária, para julgar a denúncia do vereador Mehde Meidão contra possíveis irregularidades de Edílson Pereira Batista em uma viagem realizada pelo vereador à Praia Grande em fevereiro de 2014. Em votação secreta, os vereadores decidiram o caso a favor de Edilson, com 13 votos e apenas dois contra o arquivamento do processo administrativo interno.
A leitura do processo, de 310 páginas, durou aproximadamente três horas, e no parecer da comissão de Ética e Decoro Parlamentar, houve a absolvição do acusado, pedindo o arquivamento do processo. “Em razão dos autos, entendemos que a denúncia deve ser julgada improcedente, uma vez que não houve indícios suficientes que envolvem a má fé do denunciado”, consta no processo.
A comissão ainda sugeriu apenas um pedido de advertência a Edilson, sem penalidades mais pesadas. “Sugerimos ao presidente da Casa de Leis que faça advertência para que o vereador fique atento e não ocorram mais situações semelhantes”.
Defesa
Bruno Teixeira Gonzales, advogado de Edilson, fez a defesa de seu cliente para os vereadores. “Acredito que depois que vários vereadores falaram aqui, é notório a inocência de Edilson, pois se não, os próprios vereadores que estavam com ele nessa viagem, o Pedro e o Vilmar, teriam o denunciado. Se o Meidão fosse uma pessoa prudente, procuraria essas pessoas para saber o que aconteceu. Mas o que causa uma profunda tristeza, não como advogado, mas como cidadão, é ver um vereador, o mais velho da casa, buscar este espetáculo, expor não só um vereador, mas a Casa em capa de jornais”, relatou.
Edilson também fez questão de falar e fazer a sua própria defesa. “É notório que Meidão fez esta denúncia para atingir uma pessoa ligada a minha pessoa. O próprio vereador, não tendo mais como retroceder a sua denúncia, veio me pedir desculpas. Disse que o objetivo dele não era me atingir, mas atingir outra pessoa. Naquele momento disse que não o perdoaria, mas não quero descer ao nível baixo do Meidão. Quando cheguei da referida viagem, fiz a prestação de contas, que foi aprovada por essa Casa”, disse.
Votação
Com regime de votação secreta, todos os vereadores foram chamados um a um para colocarem em uma urna os votos, 13 foram a favor do relatório da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que pede o arquivamento do processo.