Crise financeira afeta setor imobiliário, especialmente o comercial, que teve queda de procura de 30% a 50% neste ano
São dezenas de faixas e placas de aluga-se em prédios no Centro de Votuporanga
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
A crise econômica enfrentada pelo país afetou também o setor imobiliário de Votuporanga, especialmente o comercial. Somente na área central, são 44 estabelecimentos com as portas fechadas ou com placas para aluguel. As imobiliárias destacam que houve uma queda de 30% a 50% na procura por um imóvel para comércio no Centro da cidade.
Alcides Silva, responsável pela imobiliária Padroeira, disse que há pouca procura hoje por um prédio na região central de Votuporanga. Ele contou também que houve queda do preço do aluguel. “Na verdade, o mercado é que determina o valor. Quando há procura, cobra-se mais caro, quando não, é preciso pedir mais barato. Além disso, há casos de imóveis que já estão alugados, mas os locatários estão pedindo renegociação de preços”.
Segundo Alcides, a rua com aluguel mais caro no Centro de Votuporanga é a Amazonas. “Tem gente que precisa de um fluxo maior de clientes e por isso aceita pagar um pouco mais caro para ficar melhor localizado”.
Alcides destacou que as pessoas estão mais cautelosas para abrir um negócio atualmente.
Chino Bolotário, da Chino Imóveis, relatou a mesma situação, queda na procura por imóveis tanto residenciais como comerciais, especialmente na área central. “No caso dos residenciais caiu cerca de 20% a 25% em comparação ao ano passado, já os comerciais, de 30% a 40%”.
De acordo com Chino, as pessoas estão pechinchando mais na hora de procurar um prédio. “As pessoas que aparecem em busca de um estabelecimento para alugar, querem o mais barato e a negociação ficou até flexível, porque o dono prefere deixar por um preço menor a manter o local fechado por muito tempo”.
Com relação aos próximos meses, Chino disse que o final do ano deve ser ainda muito difícil e com um começo de 2016 bem inseguro no setor imobiliário.
O comerciante Wesley Jesus Barbosa Silva tem uma loja na rua Tietê, ele acredita que a situação econômica do país tem deixado a população mais receosa a abrir um negócio. Além disso, ele destacou que o preço cobrado pelo aluguel no Centro da cidade também desmotiva.
Para Wesley, é preciso estar preparado para abrir um comércio. “Às vezes, a pessoas abre algum negócio, mas não está pronta para enfrentar os desafios, é preciso buscar conhecimento para adquirir resistência no momento vivido atualmente pelo país”, disse.
Números de estabelecimentos fechados nas principais ruas do Centro
Rua Quantidade
Pernambuco 8
Amazonas 8
São Paulo 8
Tietê 3
Mato Grosso 5
Alagoas 1
Santa Catarina 3
Goiás 1
Tocantins 0
Sergipe 1
Bahia 6