Só no primeiro semestre de 2015 foram incluídos no SCPC 3.697 novos nomes no registros de devedores no município
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Mais de 14 mil pessoas estão inscritas no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) de Votuporanga referente aos registros de não pagamento de contas. O montante de dívidas de todos esses devedores é de R$ 10.194.730,78, sendo que são valores registrados de acordo com seus vencimentos da época.
Só no primeiro semestre deste ano, foram incluídas no cadastro de negativados do banco de dados do SCPC da cidade 3.697 novos registros. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o crescimento da quantidade de pessoas negativadas observado de forma generalizada em todo o Brasil reflete a piora do cenário macroeconômico nos últimos meses. “A pressão exercida pela fraca atividade econômica combinada com o aumento dos índices de desemprego têm impactado na capacidade dos brasileiros pagarem suas dívidas em dia”, explicou a economista.
A ACV (Associação Comercial de Votuporanga) oferece um departamento chamado SRC (Serviço de Recuperação de Crédito), que negocia as pendências dos inadimplentes, uma ótima forma da pessoa negociar e recuperar o crédito na praça.
Para saber se seu nome está na lista de inadimplentes, basta comparecer no balcão de atendimentos da Associação Comercial, na rua Mato Grosso, nº 3531, sobreloja, munidos dos documentos pessoais.
Brasil
De acordo com o SPC Brasil, o número de inadimplência cresceu 4,47% em julho e sobe em todas as regiões do país. Os números da pesquisa mostram um aumento de 4,47% em julho em relação com o mesmo mês do ano passado. Em termos de participação, a região Sudeste continua concentrando a maior parte dos devedores do país: 39,88% do total de inadimplentes.
De acordo com o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, estima-se que, em julho de 2015, 57,0 milhões de consumidores estejam listados em cadastros de devedores inadimplentes por conta de pendências com atraso de pagamento. “Esta estimativa inclui não somente os atrasos em empréstimos bancários, mas também contas de serviços e pagamentos ao comércio”, disse Pinheiro. Desta forma, praticamente quatro em cada 10 brasileiros adultos têm o nome sujo.
Ele ressaltou também que a maior taxa de desemprego, o endividamento das famílias e as taxas de juros mais altas fazem com que os impactos de uma inadimplência em alta sejam muito mais preocupantes para a economia. “O alento fica no fato de que a maior dificuldade no acesso ao crédito age como um limitador do crescimento da inadimplência em todo o país. Com menos contas a pagar, há um limite para o crescimento dos números de inadimplência”, analisou Pinheiro.