Instituto passou o dia de ontem nos acampamentos em Votuporanga para cumprir ordem judicial do Ministério Público
Líderes dos acampamentos com representantes do Instituto e da FAF e também o vereador Jurandir da Silva
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) esteve ontem em Votuporanga, no bairro Vila Carvalho, para cadastrar integrantes de dois acampamentos de sem-terra. No total, 101 famílias foram registradas.
De acordo com o assegurador de planejamento do Incra, Wanderley Brito, este recadastramento está sendo feito por meio de uma determinação judicial do Ministério Público. “Estimamos que no Estado de São Paulo temos em torno de 12 mil a 14 mil famílias acampadas. Como terminamos aqui em Votuporanga agora vamos para Jales e depois para Barretos”, disse. O secretário de luta pela terra da FAF (Federação da Agricultura Familiar), Marcelo da Silva dos Santos, acompanhou os trabalhos. “Como os acampamentos são nossos, prestamos todo o apoio na organização deste trabalho”, contou. A líder do acampamento Nelson Mandela II, Gildete dos Santos Gotardi, disse espera que o quanto antes terras sejam liberadas para o grupo. “Já éramos filiados da CUT e da FAF, e agora com esse cadastramento do Incra ganhamos mais força”, contou.
O outro acampamento que também fica na área da Vila Carvalho, denominado Boa Esperança, tem como líder Zilda Ferreira. Ela disse que eram cadastrados pelo Incra. “Estamos na luta há três anos acampando e nossa expectativa é que dê resultado logo toda nossa luta”. O vereador Jurandir da Silva, o Jura, acompanhou o processo durante o dia todo no local. “Temos informações que há terras que não cumprem o seu papel social aqui na região. E o movimento do sem-terra é legítimo naquilo que pede. As coordenações locais têm feito um bom trabalho para conseguir terras para essas famílias”, contou.