No mínimo 40 horas por mês na Casa de Leis, este será o pedido em projeto
de resolução
Leidiane Sabino
O vereador Mehde Meidão marca presença diária na Câmara Municipal e quer que os seus colegas na Casa de Leis também se comprometam a atender ao público ao menos por 40 horas por mês. A sugestão de Meidão, por meio de projeto que será apresentado na próxima semana, é que seja colocado relógio de ponto para os legisladores do município.
“Hoje, a Câmara de Votuporanga tem 15 vereadores, os que dão expediente normal, geralmente, são três ou quatro. O número de pessoas que vai até a Casa de Leis em busca de apoio é muito grande. Assim, esses três ou quatro ficam sobrecarregados. Atendi oito pessoas no período da manhã hoje (ontem). Estamos fazendo um apelo e uma lei no sentido de que o atendimento seja prestado à população de Votuporanga. Vou apresentar na próxima segunda-feira um projeto de resolução, que já está elaborado, para que o vereador compareça na Câmara 40 horas por mês”, disse o vereador.
Para Meidão, se o médico, o dentista, ou qualquer outro funcionário é obrigado a botar o dedo no ponto, o vereador também deve. “Somos eleitos para trabalhar pelo povo, por isso, hoje, em Votuporanga, ganhamos na faixa de R$4 mil por mês. O nosso compromisso é com o povo que nos elegeu. O vereador que tem um serviço fora da política, consegue autorização para participar das viagens, então ele vai encontrar uma maneira de comparecer à Câmara também”.
O vereador critica também o excesso de viagens de alguns colegas. “Estive recentemente em São Paulo, na casa do cantor e deputado federal Sérgio Reis para pedir que ele faça um show beneficente em Votuporanga para a Santa Casa. Estamos acertando isso. Depois, teve vereador viajando para Brasília para ver se o Sérgio Reis libera uma verba para Santa Casa. Vejo que não tem motivo, se eu estou lutando por uma coisa e o outro vereador pega outro rumo, não tem sentido, vira dinheiro gasto indevidamente e que poderia trazer outros benefícios para o município”, falou.
Ainda sobre as viagens, Meidão contou que, depois de algumas polêmicas, o legislador deve trazer comprovantes do lugar onde esteve.
Celulares e cadeiras
Recentemente, a Casa de Leis fez a compra de novos celulares e cadeiras para os vereadores. Meidão disse que não precisa de nenhum dos dois. “Minha cadeira continua a mesma, está nova. Para você ficar em uma sessão de no máximo três horas, não tem necessidade de comprar estas cadeiras giratórias que custam mais de R$1 mil. Não quero também o celular. Aquilo que eu posso ter em casa, quero na Câmara, levo uma vida simples e humilde”, disse.
Sobre os carros novos, ele também fala que não concordou com a compra. “Pagaram mais de R$80 mil em cada veículo e hoje os vereadores têm vergonha de ir nos bairros simples com eles. Estão até pedindo os antigos de volta ao prefeito Junior Marão, mas ele disse que estão bons e suas secretarias estão utilizando os carros”.