Número conta desde o início do ano, para um comparativo, na cidade de Rio Preto, de janeiro a julho foram 230 reclamações
Leidiane Sabino
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Desde o ano passado cresce as reclamações dos moradores de Votuporanga com relação ao aparecimento de escorpiões. Realmente, os números apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses), mostram que é grande a quantidade de notificações deste aracnídeo. Em 2014, foram registrados 328 aparecimentos. Neste ano, já são 220.
Adelice Silva, educadora em saúde do Setor de Controle de Endemias e Zoonoses, disse que não é possível prever a quantidade de escorpiões que aparecem nas residências, já que alguns não são notificados à Secretaria de Saúde.
Ela explicou ainda que os escorpiões aparecem em todos os bairros da cidade, especialmente em locais próximos a zona rural e bairros com grande número de construções (bairros novos). Eles também podem surgir da tubulação de esgoto, terrenos baldios com entulhos e restos orgânicos em busca de alimento.
Estes animais peçonhentos ficam em locais com restos de madeira, tijolos, telhas, folhas secas, lixo, plantas trepadeiras e esgoto.
“Caso os escorpiões sejam encontrados, o morador deve eliminá-los com muito cuidado para não se ferir e realizar a inspeção em calçados que estejam no chão, tapetes, roupas de cama, sofás e cortinas, para evitar novos acidentes”, disse Adelice Silva.
A pessoa picada por escorpião deve lavar o local com água e sabão, evitar o torniquete (amarrar qualquer objeto no local) e procurar imediatamente a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o Pronto Atendimento do Mini Hospital do bairro Pozzobon.
Para reduzir o aparecimento de escorpiões, o Secez realiza orientações sobre o manejo ambiental, isto é, a retirada de restos de madeiras e entulhos nos quintais, durante as visitas de rotina. Além disso, o setor tem notificado também proprietários de terrenos baldios para que providenciem a limpeza dos mesmos.
Adelice disse ainda que em Votuporanga a espécie predominante é a titus serrulatus (escorpião amarelo). A sua picada causa fortes dores e pode matar, principalmente se as vítimas são mulheres e crianças.
Região
Na cidade de Severínia, uma menina de 3 anos morreu depois de ser picada por um da espécie amarela. Sabrina Fonseca da Silva colocava uma bota quando foi picada na mão. O aracnídeo estava dentro do sapato. Ela morreu depois de ficar internada três dias na UTI da Santa Casa de Barretos. “Ela brincava na área de casa (em um sítio) quando foi colocar a bota e foi picada”, disse o lavrador José Augusto Borluti, 57 anos, padrasto de Sabrina.
Em São José do Rio Preto, uma família chegou a mudar de casa após invasão de escorpiões. Em Bady Bassitt, agentes do controle de endemias distribuem panfletos para alertar a população sobre os riscos do escorpião amarelo, o mais venenoso e mais comum na região.
De janeiro a julho, 44 moradores de Bady acionaram o controle de endemias porque encontraram o aracnídeo dentro de casa. Em Rio Preto, foram 230 ligações por causa de escorpiões ao setor de controle de endemias entre janeiro e agosto.
Criar galinhas não resolve
Em São José do Rio Preto, dois condomínios estão criando galinhas-d’angola para evitar a proliferação de escorpiões. Adelice Silva disse que esta prática, como recurso para evitar o aparecimento de escorpiões, não surte muito efeito, pois elas raramente encontram os animais peçonhentos ao ciscar o solo. “Além deles terem hábitos noturnos e as galinhas dormirem no horário que os escorpiões saem em busca de alimento. Uma ação eficaz no controle dos animais peçonhentos é a limpeza de quintal, de terrenos baldios, retirada de entulhos e matéria orgânica, evitando o aparecimento de baratas e pequenos insetos dos quais os animais peçonhentos se alimentam”.
Para mais informações entrar em contato pelo 0800.770.9786.