Secretário disse ainda que sua pasta trabalha para que o mercado de artigos ambientais torne-se realidade
Leidiane Sabino
O Brasil todo assistiu ao grande debate sobre o Novo Código Florestal. O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, participou de todas as discussões quando era deputado federal. Para ele, a medida traz importantes avanços.
“Os ambientalistas diziam que isso poderia significar um grande retrocesso, mas, ao contrário disso, hoje temos todos reconhecendo que praticar o Novo Código Florestal é algo que facilita a vida do produtor e também mantem todos os cuidados ambientais. Aqui em São Paulo tem um desdobramento da lei, que foi a aprovação de uma medida pela Cetesb, chamada TRA, que é o Plano de Regularização Ambiental. Estamos tratando agora de sua regulamentação. Esta norma impõe determinadas obrigações ao nosso produtor rural e nós estamos criando instrumentos para que isso possa ser financiado”.
Arnaldo Jardim disse ainda que sua pasta trabalha para que o mercado de artigos ambientais torne-se realidade. “Vai ser um instrumento muito significativo, esse mercado busca diminuir a distância daqueles que precisam fazer a sua compensação ambiental. Eles têm que gastar com isso, estou falando de empresa como concessionária de rodovia e indústrias que tiveram ampliação das suas atividades e que acabaram, em função disso, assumindo obrigações de compensação ambiental. Isso, no nosso entender, pode ser usado para auxiliar, apoiar e até financiar o nosso produtor no mercado de artigos ambientais”, falou.
O produtor vai fazer recomposição de parte de sua mata ciliar e esses cuidados ambientais são essenciais nestes instantes de crise hídrica. “O agricultor terá que recompor parte da sua reserva legal também. Buscamos que a lei seja rigorosamente cumprida, isso significa que os pequenos produtores terão muito mais liberdade. Neste instante, quero aproveitar para renovar o pedido para que, apoiando-se no sindicato, indo a nossa Casa da Agricultura, nosso escritório regional, preencham o Cadastro Ambiental Rural, que é uma medida primeiro indispensável para que a gente possa encaminhar essa regularização”.