Tapa-buracos no primeiro semestre teve investimento de R$50 mil na aquisição de massa asfáltica; houve ainda apoio de usina
Leidiane Sabino
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Para conseguir recuperar definitivamente a Estada do 27 (vicinal Adriano Pedro Assi), o município precisa de um investimento aproximado de R$ 11 milhões, valor já requisitado pelo prefeito Junior Marão ao Governo do Estado. Por enquanto, o serviço realizado no local é de tapa-buracos, porque a Administração Municipal não tem o recurso suficiente para investir no local.
A vicinal liga Votuporanga a Sebastianópolis do Sul e está com o asfalto muito prejudicado pelo tráfego de veículos. De acordo com a Secretaria de Obras de Votuporanga, a solução definitiva é a reconstrução total da via, com infraestrutura semelhante a de uma rodovia (e não apenas o recapeamento).
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, a pavimentação da Estrada do 27 foi executada na década 90 com infraestrutura para tráfego de veículos leves, porém, atualmente possui grande movimento de caminhões de cana-de-açúcar e trabalhadores por conta da Usina Noble, em Sebastianópolis do Sul. Em 2008, o Governo do Estado, por meio do Programa de Recuperação de Vicinais (Pró-Vicinais), recapeou 21 quilômetros da via e não foi suficiente para suportar o tráfego de veículos pesados.
De maneira paliativa, a Prefeitura fez um trabalho de tapa-buraco, utilizando 550 toneladas de massa asfáltica, somente no primeiro semestre deste ano. Para isso, a administração municipal investiu cerca de R$ 50 mil na aquisição de 200 toneladas e a Usina Noble doou as outras 350 toneladas para os trabalhos. Os reparos atingiram 21 quilômetros.
A situação da Estrada do 27 é alvo de críticas dos vereadores e também usuários da via. Recentemente, o vereador Douglas Lisboa chegou a sugerir que seja implantado um pedágio na pista. “Nós temos que ser pontuais e temos que ser realistas, a vicinal Adriano Pedro Assi não será recapeada este ano, e muito provavelmente também não será no ano que vem. Uma das soluções que proponho é que se faça um pedágio, igual na vicinal que liga Tabapuã a Uchoa. Ou vamos pegar as máquinas da Prefeitura, rapar aquele pedaço ruim de asfalto e deixar como estrada de terra, que seria mais segura”, disse Douglas.
Já Osvaldo Carvalho relatou sobre uma visita que fez na vicinal nos últimos dias. “Os caminhões estão saindo da pista e utilizando parte do acostamento, mas não tem mais estrada, só tem mato alto nos redores, panelas e mais panelas, não tem acostamento, não tem nada. É uma vicinal intransitável”, falou.
Osvaldo ainda voltou a falar que uma das soluções seria que o Governo Estadual repassasse o ICMS da Usina para que fossem feitos investimentos na estrada. “Se continuar assim, vamos ter mortes, acidentes graves têm ocorrido, e nós chegaremos ao caos”.
Já o vereador Jurandir da Silva defendeu que não é o caso para se colocar um pedágio na estrada. “Todos sabem porque a 27 está assim, quando ela foi projetada, na década de 70,80, não existia a usina, então ela foi feita apenas para veículos leves, de passeio. A proposta é discutir a possibilidade de entrar com uma ação contra a usina, mesmo ela sendo parceira de ceder massa asfáltica. Ou cobra essa massa asfáltica permanente para a via, e que se faça um tapaburaco de qualidade”, alegou.