Esta é uma das metas de seu mandato como provedor da Santa Casa de Votuporanga, além de um hemonúcleo no hospital
Luiz Fernando Góes Liévana (Torrinha) concedeu entrevista ao jornal A Cidade nesta semana
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Luiz Fernando Góes Liévana, o Torrinha, que assumiu a provedoria da Santa Casa de Votuporanga recentemente concedeu uma entrevista ao A Cidade para falar sobre seus projetos nos próximos dois anos à frente do hospital. Dentre uma das suas intenções para o hospital, ele pretende implantar um ambulatório de oncologia na instituição.
“Como provedor tenho muitos sonhos, entre eles está a vinda de um ambulatório de oncologia. Não digo o tratamento, mas para que os pacientes daqui e das cidades mais próximas possam tomar a medicação aqui. Já estamos agendando uma conversa com o Henrique Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos, para fazermos esta parceria”, disse o provedor.
Outra ação que Torrinha pretende implantar no hospital é a vinda de um hemonúcleo. “Somos muito cobrados pela população e até mesmo pelos vereadores na Câmara Municipal para termos a coleta de sangue aqui. Como não temos número de população suficiente para a vinda de um hemocentro, a nossa alternativa é montar aqui um hemonúcleo, para que possamos pelo menos fazer a captação das bolsas de sangue em Votuporanga”, contou.
Neurologia
O retorno dos serviços de neurologia e neurocirurgia no hospital também estão entre os projetos deste mandato de Luiz como provedor da Santa Casa. “Precisamos que retorne estes procedimentos o quanto antes, temos a nova UTI que está em fase de acabamento e esperamos que até o fim do ano o Estado libere os recursos para a compra dos equipamentos do local. Depois, é batalhar mais um pouco para que eles destinem as verbas mensais para o hospital manter o serviço”, disse.
Retorno
Torrinha também falou sobre o seu retorno ao hospital, já que esteve como provedor anteriormente, cumprindo dois mandatos de dois anos. “Estou feliz e motivado em voltar, considero aqui como uma segunda casa para mim. Fui chamado pela diretoria de uma forma tão especial para voltar, que não tinha como negar, fiquei muito lisonjeado e honrado com o convite”, disse.
Ele contou que está se reiterando dos trabalhos da instituição, mas que pretende se dedicar ao máximo em fazer um bom mandato. “Vejo que o Valmir fez um ótimo trabalho aqui como provedor junto com a diretoria. E hoje o grande diferencial que encontro de quando eu sai é a classificação do hospital como Estruturante. Isso foi muito bom, pois temos mais recursos e também metas a cumprir, tanto quantitativas, como qualitativas. O hospital é constantemente avaliado e, desta forma, estamos trabalhando de uma forma mais estruturada”.
Metas
Além dos projetos, o provedor quer trabalhar com três metas principais, a primeira delas é a humanização. “Quando a pessoa está aqui como paciente ela precisa de bons cuidados, e é aí que entra a humanização. Quando se trabalha em uma instituição de saúde, o nosso maior foco é o bem estar do paciente. Quero envolver todos os funcionários para que possamos dar aos pacientes um dos melhores atendimentos”.
Outro objetivo é o equilíbrio financeiro. “Todos os hospitais filantrópicos passam por um momento difícil, e mesmo com um déficit mensal, vamos buscar recursos para sempre estar com as contas em dia”.
Torrinha também quer investir na melhoria da assistência ao paciente. “Já estive aqui como cliente e vi as dificuldades que os pacientes tinham, por isso quero melhorar isso, aumentar leitos, fazer com que tenham cada vez mais atendimentos dignos”.
Desafios
O provedor também falou que os desafios em assumir um hospital filantrópico neste momento de crise são muitos. “Esperamos a ajuda da população principalmente agora. E sabemos que todos têm sempre colaborado com a instituição nas campanhas que promovemos, como a Nota Fiscal Paulista, a Saúde que dá Prêmio, os leilões e outros eventos que realizamos para conseguir renda para o hospital”, contou.
“Costumo dizer que Votuporanga é uma cidade que ajuda muito e sempre busca apoiar nossos projetos. O meu principal propósito e que me motiva a ser provedor é que possamos dar aos pacientes do SUS um atendimento de primeiro mundo, com qualidade e humanização”, completou Torrinha.