Maioria foi contra as justificativas do presidente do Sincopetro, induzindo que população abasteça em outras cidades
Vereador Mehde Meidão
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
A sessão da Câmara de Votuporanga de ontem esteve um pouco tumultuada com discursos acalorados dos vereadores ainda sobre o preço dos combustíveis praticados na cidade. Na semana passada houve uma reunião com donos de postos, vereadores e o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), Roberto Uehara.
O vereador Mehde Meidão foi o primeiro a abordar o assunto, rebatendo uma crítica de um dono de posto, sobre ele não ter que dar empregos para ninguém. “Ele queria saber quantos empregos dei em Votuporanga, sou vereador pela nona vez, não tenho compromisso com donos de posto em Votuporanga, tenho compromisso com o povo da cidade. Veio uma pessoa mandada aqui, ele disse que a Shell vende em Rio preto um preço e vende aqui em outro preço. Vamos encaminhar a entrevista que ele deu aqui para o MP analisar sobre o cartel da cidade”, contou.
Já o vereador André Figueiredo chegou a mostrar uma reportagem veiculada na TV Tem sobre os preços dos combustíveis praticados em Votuporanga. “Não estou acusando ninguém, mas fui procurado por várias pessoas sobre este problema. Admiro e incentiva as pessoas daqui que vão para outras cidades abastecer e fazer suas compras, elas estão certas de buscarem o que é melhor para elas, também em relação aos supermercados que estão praticando preços abusivos”, disse.
O vereador Edilson Pereira Batista defendeu os donos dos postos de Votuporanga, alegando que os mesmos apresentaram notas fiscais do preço que pagam nos combustíveis.
“Os donos de postos de Votuporanga são vidraças nessa situação, eles que dão empregos nessa cidade, que pagam seus impostos para manter colaboradores, muitas das vezes deixam de tirar um pró-labore para pagar seus funcionários. Discordo do André, que coloca a população para abastecer fora do município, o que tem de bonito nisso? Quem mora em Votuporanga precisa vender para sobreviver, eles também são pais de família. Não vamos colocar nossa população para beneficiar Rio Preto”, falou.
O vereador Jurandir da Silva também abordou a questão, dizendo que o presidente do Sincopetro esteve defendendo os interesses da categoria. “Ele não fez mais que sua obrigação. O que quero dizer é que esse embate entre nós não faz sentido, não temos o poder aqui com essa reunião de quanto vai ser o preço, é a lei da oferta e procura. É verdade que há uma diferença sim, apesar das notas fiscais. Alguma coisa tem aí. Ele disse que as distribuidoras aprovam vender combustíveis mais barato isso é argumento de quem quer defender a classe”, contou.