Diretor de meio ambiente, Gustavo Gallo, esteve ontem no programa Jornal da Cidade
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
O diretor de meio ambiente da Saev Ambiental, Gustavo Gallo, esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para tirar dúvidas sobre o descarte de materiais nos dois Ecotudos da cidade, o Sul e o Norte.
“Apesar de cinco anos de funcionamento, ainda existem dúvidas, é normal e precisamos esclarecer todas elas. O Ecotudo é um ponto de recebimento de resíduos domiciliares, das residências dos moradores de Votuporanga”, disse.
Ele falou que a única questão de volume é sobre os entulhos de construção civil. “Já que há empresas na cidade que são próprias para fazer este serviço, não podemos receber muitos entulhos de construção. Então, usamos o Ecotudo para pequenas reformas, recebemos um metro cúbico, que seria um terço de uma caçamba para cada munícipe”, informou.
Gustavo também disse sobre as lâmpadas florescentes, que atualmente podem ser recebidas cinco unidades por pessoa. “Não há essa dureza na quantidade. Um dos nossos problemas é empresas que querem destinar os materiais lá, e não podemos receber delas. Já tive muitas empresas que me ligaram falando que iam mandar 100 lâmpadas para nós, mas não podemos receber isso. Gastamos um real por lâmpada para descartar ela. Então, é ilegal ajudarmos essas empresas com o dinheiro público”, contou.
O diretor de meio ambiente ainda esclareceu que há algumas exceções. “Se uma indústria quer descartar materiais recicláveis, a Coopervinte vai lá e busca. Agora, coisas que a Saev tem gastos públicos não posso destinar isso para as empresas”, frisou.
Outra exceção é com relação as pneus, pois a Saev possui um convênio com a associação nacional das indústrias. “As empresas podem levar os pneus no Ecotudo por causa deste convênio. De resto, não podemos receber nada de indústria. Agora, resíduos residenciais, remédios vencidos, animais de pequeno porte mortos, tudo o que for reciclável nós recebemos sem problemas. Lixo residencial, se o lixeiro passou e vai demorar para voltar, pode levar lá também”.
Números
Desde que o projeto começou em 2010, os Ecotudos já receberam 32 mil toneladas de resíduos. “Grande parte deste materiais iriam para locais indevidos com destinações incorretas. Antes dos Ecotudos, tínhamos mais de 100 pontos de descartes em beira de rodovias. Ainda temos cerca de 30 locais incorretos que as pessoas destinam seus entulhos, mas a redução foi muito grande”.
Gustavo ainda contou que outros municípios copiaram o formato do projeto para implantar em suas cidades. “Já recebemos prêmios internacionais. Então, é um projeto fantástico que apoia a cidade de uma maneira muito grande”.
Horários
Por uma questão econômica, o diretor de meio ambiente disse que a Saev precisou fazer uma reestruturação nos horários de funcionamentos por questão de hora-extra de funcionário e hoje os Ecotudos funcionam até as 20h. “Fizemos um levantamento e percebemos que depois das 20h, 21h, não ia quase ninguém para descartar coisas. Então, fizemos esse remanejamento que achamos que é temporário. Mas não existe no Brasil um Ecoponto que fique aberto até as 20h”. Gustavo também comentou que o terceiro Ecotudo será construído em breve no bairro Monte Verde.