Em Rio Preto, os testes estavam previstos para começarem neste mês de outubro, mas também foram suspensos
Em entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS afirmou que a "melhor maneira de garantir a efetividade da vacina é fazê-la disponível a todos países" (Foto: Reprodução)
Os testes da Johnson & Johnson para uma vacina contra a Covid-19 foram interrompidos por causa de uma doença ainda inexplicada em um dos voluntários do estudo, informou a empresa na noite desta segunda-feira (12). O imunizante havia entrado nos estágios nais (fase 3) de testagem com humanos em 23 de setembro nos Estados Unidos.
Em Rio Preto, os testes estavam previstos para começarem neste mês de outubro, mas, como ocorreu no mundo todo, também foram suspensos, de acordo com o O Centro Integrado de Pesquisa (CIP) do Hospital de Base de Rio Preto.
De acordo com a farmacêutica, um comitê independente de prossionais que monitoram dados e segurança vai analisar o caso. A identidade do paciente e detalhes do ocorrido não foram informados, em respeito à privacidade do participante, acrescentou a empresa. O estudo prevê a inclusão de até 60 mil voluntários, com idade entre 18 e 60 anos, sendo 7 mil no Brasil - distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
Para a aprovação dos testes no País, a Anvisa realizou reuniões com a equipe da Janssen, farmacêutica belga da Johnson & Johnson, a fim de alinhar todos os requisitos técnicos necessários para os testes.
O estudo foi projetado para ser duas vezes maior que o desenho inicial de outros testes de fase 3 nos Estados Unidos, embora o estudo da Pfizer também tenha se expandido para abranger 44 mil participantes. Metade dos participantes receberá a vacina e metade receberá o placebo.
A farmacêutica armou ainda que esses tipos de ocorrências são comuns em testes de imunizantes, principalmente em estudos em larga escala, e reforçou o compromisso com a segurança dos participantes. O site para inscrição de voluntários para os testes foi fechado.
A vacina testada pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido, também chegou a ter os testes paralisados duas vezes após manifestações de reações adversas em voluntários da pesquisa.
Dose única
A Johnson planeja produzir um milhão de doses no ano que vem. O produto experimental é um dos poucos em estudo no mundo que prevê apenas uma injeção para proteger contra a doença.
Outra vantagem é que vacina da J&J também pode ser armazenada em forma líquida, sob temperaturas de geladeira, por três meses, ao passo que duas das candidatas favoritas precisam ser congeladas ou mantidas sob temperaturas ultracongeladas para o armazenamento, de acordo com informações divulgadas pela farmacêutica.
*Diário da Região