Os pesquisadores estimam que até 15% das mulheres com câncer de mama – 30 mil casos ao ano – optam por retirar as duas mamas
Nos anos 1970, os defensores dos direitos das mulheres tinham muitas dúvidas em relação à mastectomia. Eles afirmavam que os cirurgiões – grupo que na época era formado quase que somente por homens – removiam as mamas rápido demais após o diagnóstico de câncer.
Mas hoje as coisas mudaram. Uma nova geração de mulheres exige que os médicos utilizem abordagens mais agressivas, e um número cada vez maior vem pedindo a retirada até de mamas saudáveis com o intuito de evitar o surgimento de um câncer.
Os pesquisadores estimam que até 15% das mulheres com câncer de mama – 30 mil casos ao ano – optam por retirar as duas mamas, decisão que, no final dos anos 1990, era tomada por 3% das mulheres. Aparentemente a grande maioria dessas mulheres nunca realizou testes ou recebeu aconselhamento genético e toma a decisão com base em um medo exagerado de risco de reincidência.
Além disso, os médicos afirmam que é cada vez maior o número de mulheres que pede para se submeter à mastectomia sem ter recebido diagnóstico de câncer, amparadas pela existência de um risco genético. (Essas mulheres não constam dos bancos de dados de registro de câncer, por isso seu número é desconhecido).