Da Redação
A sociedade passa hoje por transformações marcantes no que diz respeito às atitudes dos homens e das mulheres. Hoje em dia é muito comum os dois trabalharem e assumirem responsabilidades iguais. Cada vez mais as mulheres se preocupam com a realização profissinal e consequentemente adiam tanto o casamento quanto os projetos de maternidade.
Como a fertilidade geral da mulher decai a partir de 35 anos, é comum ocorrer
dificuldade em engravidar, principalmente após os 40 anos. "Muitas mulheres fazem a opção de engravidar mais tarde pois querem a realização profissional, antes de ser mãe. Entretanto, após os 35 anos, pode haver diminuição da fertilidade e dar mais trabalho para engravidar, pois existem ciclos de ovulação", disse a ginecologista de Votuporanga, Maria da Glória Manzano Garcia Pascom.
As mulheres com 37 anos ou mais apresentam uma chance maior de ter filhos com
alterações genéticas, principalmente síndrome de Down. Esse risco se acentua muito após os 42 anos. Todas as grávidas com mais de 37 anos devem ser orientadas sobre a possibilidade de se realizar uma biópsia de vilo corial para saber se existe alguma alteração cromossômica com seu bebê. "Após os 35, é preciso fazer exames antes de engravidar, porque está sujeita a alterações metabólicas, hipertensão arterial, excesso de peso, principalmente se ela não for cuidadosa com a saúde. Além disso, o conteúdo genético do óvulo pode estar comprometido e tem mais chance de haver malformação do bebê", alertou.
Apesar da gestação após os 40 anos ainda ser considerada de risco, o grande
desenvolvimento da medicina nos últimos anos tem criado condições para que essas gestações sejam bem acompanhadas. Geralmente equipes compostas por obstetras, clinicos gerais e pediatras atuam em harmonia para dar mais segurança ao casal.
O mais importante é você converssar com o seu médico para estabelecer desde o início um acompanhamento adequado às suas condições. Cada mulher tem seu histórico. O desenvolvimento da gravidez após os 40 anos será diferente de caso para caso. Por exemplo: o desenrolar da gravidez será diferente se você já teve um filho ou se é a sua primeira vez. "Existem exames que podem ser feitos durante a gestação, que podem detectar essas malformações ou síndromes. Mas são invasivos e tem risco de ocorrer abrotamento. A gestação deve sempre ser monitorada, fazer pré-Natal bem feito e seguir as orientações, que essa gravidez pode ser tão bem sucedida quanto as outras", concluiu.