Da Redação
"Beija, beija, tá calor, tá calor...", a música já anuncia a moda entre os jovens na festa mais popular do Brasil. São nos dias de carnaval que muitas bocas entram em cena. É aí que está o perigo.
Beijar na boca é bom e ninguém questiona. Mas, você sabia que em apenas um beijo, duas pessoas trocam mais de 200 tipos de bactérias diferentes e podem transmitir ou contrair doenças perigosas e algumas até agudas como: faringite, laringite, herpes labial, hepatites A sendo que a mais comum é a hepatite B, HPV, meningite, candidíase, gripe, tuberculose, sífilis, mononucleose, entre outras.
De acordo com a especialista em periodontia e implantodontia, Dra. Elza Marta Veiga Nucci, no carnaval as pessoas não estabelecem critérios de seleção e o beijar na boca se torna algo comum. Aqueles com baixa imunidade e os que não realizam os cuidados de higiene oral rigorosamente têm maior sensibilidade a doenças.
"Quando se trata do mau hálito, feridas na boca, sangramento gengival e dentes mal escovados o beijo deve ser evitado até que os tratamentos adequados sejam realizados". Afirma a especialista.
O piercing na língua também se torna um fator de risco para os beijoqueiros de plantão. Por estar acoplado a uma área sensível da boca, quando o beijo for com intensidade maior pode haver o sangramento.
Uma dúvida muito comum principalmente entre os jovens é se o beijo pode transmitir a AIDS. A periodontista alerta que a saliva não transmite o vírus, porém, se o beijo acontecer entre duas pessoas que têm gengivite (inflamação bacteriana causada na gengiva), ou algum ferimento na boca, o HIV pode penetrar na corrente sanguínea. E nesse caso, se houver troca de sangue durante o beijo, existe o risco de transmissão.
A herpes, uma doença periodontal bacteriana que causa a mobilidade dentária também pode ser repassada para outra pessoa através do beijo, assim como a cárie por meio da saliva.
O ideal antes de curtir o prazer do beijo, é se prevenir de qualquer doença bucal, mantendo a boca livre de bactérias e saudável. "O beijo não é um simples beijo, é preciso ter bom senso e respeito com a nossa saúde sempre" , completa a especialista. (Colaborou Monaliza Pelicioni)
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