Andressa Aoki
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A Praça Santa Luzia tornou-se uma biblioteca gigante. Prateleiras, cantinhos para leitura e muitos livros por toda a parte. Todo este cenário para a realização do Festival Literário, que teve início ontem e segue até o dia 1º de maio.
Realizado pela Secretaria municipal de Educação, Cultura e Turismo de Votuporanga, o Festival tem a missão de transformar Votuporanga numa cidade de leitores, incentivando a população, desde a infância, com iniciativas que democratizem o acesso aos livros. O foco principal é a realização de um projeto que deixe um legado para o município e que tenha continuidade nos próximos meses até a próxima edição do Festival, planejando um crescimento gradual das ações a cada edição.
Três ônibus são responsáveis pelo transporte dos alunos da rede municipal que em poucos instantes, tomaram conta do espaço. Só ontem, estiveram no Fliv, estudantes dos CEM´s (Centros de Educação Municipal) Anita Liévana Camargo, Maria Isabel Martins de Oliveira e Faustino Pedroso.
Recepcionados pelos monitores, eles levaram seu cheque-livro (moeda de troca equivalente a R$ 10 para comprar os livros) e muitos já sabiam o que adquirir com elas. Engana-se quem pensa que os pequenos não são compradores exigentes. Pesquisam e fazem suas contas antes mesmo de colocar os títulos na sacola. Os livros custam a partir de R$ 1,00. Maria Eduarda Maciel Augusto, de 9 anos, comprou obras como Bambi, Raposa e o Corvo, Tartaruga e a lebre. "Gosto de ler", disse.
Sua colega de classe, Nicoly Conde Oliveira, comprou o livro Mula sem cabeça da Turma da Mônica e um de colorir. "Receber o cheque foi uma alegria", contou.
A diretora da escola Faustino, Elizabeth Salvioni Finotti, destacou a importância da realização de eventos de incentivo a leitura. "Eu acho ótimo, os pais e professores adoraram a ideia e os alunos amaram. Eles estão tendo a oportunidade de escolher o que querem comprar e isso é muito importante porque os pais não podem obrigar seus filhos a lerem o que não gostam. Quando se interessam pelo assunto, se sentem mais curiosos para a leitura", explicou.
Elizabeth afirmou que na contramão da modernidade, as crianças ainda têm interesse pela leitura. "Temos nossa sala de leitura e eles gostam muito. Sempre me perguntam quando que vão frequentá-la", emendou. Christian Nakabashi, pai dos meninos Juliano e Christian, aprova a iniciativa. "Eles estavam inquietos desde quando souberam que receberiam cheques-livros. Meus filhos adoram gibis e histórias em quadrinhos", destacou.
Para Fábio Renato Ribeiro dos Santos, contador de histórias, qualquer evento que incentive a leitura é louvável. "É difícil a escola desenvolver trabalho deste porte, mas quando o município chama a responsabilidade para si de organizar um festival com atividades de saúde, cultura e lazer, atinge o objetivo", enfatizou.
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