Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Na Semana Santa, tradição religiosa do Cristianismo, os religiosos refletem sobre a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Mas apesar de ser uma celebração cristã-judaica, o orador espírita e presidente do Grupo Espírita Maria de Nazaré, Divaldo Matos de Oliveira - Divaldinho, destacou que é a oportunidade da humanidade crer nos ensinamentos. "A Semana Santa é uma festa cristã-judaica, interpretada pela Igreja como a do nascimento, do amor, do renascimento, da renovação e do ovo (vida). Para nós espíritas, não tem significado nenhum. É uma festa como todas que existem, chamando para uma análise. Eu acredito que é mais uma oortunidade, assim como Natal, Ano Novo, Dia das Mães, dos Namorados, para incentivar a humanidade a valorizar mais a si próprio, amar seu semelhante muito mais e a crer no ensinamento de Cristo", disse em entrevista à Rádio Cidade.
Ele acrescentou que o importante é entender o ensinamento de Cristo. "Jesus Cristo é o único que é caminho, a verdade e a vida. Se nós vivéssemos na íntegra o que diz o Evangelho, teríamos vida dez vezes melhor do que temos hoje. Amar Votuporanga é amar com outros olhos. Se voltarmos nossos olhos para a religiosidade, políticos, empreendimentos, clubes de serviço, o mundo seria dez vezes melhor", afirmou.
O orador acredita que há um crescimento da mensagem de Cristo. "A doutrina espírita não é novidade, é embasada na lei de Deus. A doutrina não tem leis próprias. O codificador Allan Kardec coloca que a doutrina será apoio a todas as filosofias do mundo porque tem base na lei do Criador. Está a favor em todas
as criaturas. É universal. Kardec pega a Bíblia para transformar um livro de condução do homem para Deus", explicou.
Kardec foi um homem estudioso, trabalhador, incansável. Nasceu em 1804 e desencarnou de 31 de março de 1869. "Foi para a doutrina depois de estudar o
fenômeno que acontecia em Paris nas mesas gigantes chamadas nas rodas sociais e de divertimento. Senhoras se reuniam para falar com os espíritos e ali tinham suas
pranchetas, evocavam-se os espíritos e eles apareciam. Ao aprender o fenômeno e observar que as respostas são inteligentes, ele viu que alguma coisa era interessante. Mesa não tem cerébro e não responde, portanto não pode dar uma resposta coerente quanto a lei de Deus", falou.