Quando vai chegando esta época do ano, quando as temperaturas começam a cair, não basta tirar os agasalhos e cobertores do fundo do armário, é preciso lembrar que a pele vai precisar de uma atenção extra. E não é só a pele do rosto, não, mas do corpo todo.
É automático aumentar a temperatura da água na hora do banho e isso ajuda a ressecar a pele, assim talvez uma das primeiras providências seja caprichar mais na hidratação do corpo.
O inverno maltrata a pele. O frio deixa a cútis avermelhada, ressecada e sem vida. Nas agressões mais intensas, ou nas peles mais sensíveis, o frio também pode produzir desagradáveis ardências. Nada que um bom creme hidratante e um protetor solar não possam combater aliados aos protetores labiais, como a boa e velha amiga manteiga de cacau, para citar o mais fácil de ser encontrado.
Mas, não é somente a pele do rosto que fica à mercê dos efeitos nocivos do frio seco e exige, com isso, cuidados especiais após o inverno. As mãos, que, igualmente ficam sempre expostas, exceto por uma ou outra luva que as protege, acabam sofrendo as ações do frio, manifestadas por irritações, ressecamento e aspecto de desvitalização. Para tudo isso, há uma solução: um bom tratamento com cremes nutritivos à base de uréia, ácido lático, lactato de amônio, lactil R e óleos emoliantes, considerados potentes hidratantes e restauradores da estrutura da pele das mãos.
Mas os efeitos externos não são os únicos vilões nessa história. Elas mesmas, pela própria característica de não ter capacidade de regeneração suficiente, em função da menor quantidade de folículos e, consequentemente, de glândulas sebáceas, ficam muito mais suscetíveis aos sinais de desvitalização, de envelhecimento e às manchas. É uma particularidade ingrata, já que as mãos são capazes de revelar a idade e evidenciam como são cuidadas. Para suavizar esses efeitos, a medicina estética dispõe de peelings suaves que promovem a renovação celular das mãos, à base de ácido mandélico ou retinóico. Para atenuar as manchas, pode-se fazer aplicação localizada de ácido tricloro acético, neve carbônica, nitrogênio líquido ou laser.
Conforme a necessidade do caso, é possível optar pela hidratação profunda, feita em clínicas estéticas, e que consiste numa esfoliação completa e na aplicação de colágeno, elastina e DMAE. Na sequência, as mãos são envolvidas com filme plástico e, depois, em mantas, que emitem raio infravermelho, facilitando a penetração dos produtos. Este tratamento deve ser realizado em 10 sessões, duas vezes por semana.
A alta tecnologia desenvolvida pela Medicina Estética permite hoje até a recuperação da perda de pele entre os ossos, atenuando, assim, aquele aspecto "esquelético" das mãos. Basta, para isso, injetar ácido polilático, responsável pela transferência de líquido para o local a ser tratado e pelo estímulo da ação do colágeno durante três sessões, uma a cada 30 dias, cujo efeito dura entre um ano e meio a dois anos, podendo ser reaplicado após esse período.
O tratamento em si é eficiente, contudo, é importante tomar alguns cuidados básicos, como sempre usar luvas de borracha, forradas com tecido, para diminuir as agressões provocadas por detergentes, sabão e produtos de limpeza. E também passar creme, que contenha silicone e fomblin HC em sua composição.
Agora, o próximo passo é tratar a calosidade que se formou nesse tempo todo em que os pés ficaram comprimidos em sapatos, algumas vezes apertados. Corrigir esses deslizes significa usar, daqui para frente, calçados mais confortáveis, de saltos mais baixos. Se a opção for por tênis, só os coloque com meias de algodão, que absorvem o suor.
Mas nem sempre isso é suficiente. Muitas vezes, há a necessidade de usar separador de dedos e palmilhas de silicone e até mesmo cauterizar o local com fórmulas feitas à base de ácido salicílico e lactato de amônio, mais conhecidos como queratolíticos, que afinam a pele, acabando com as asperezas, grossuras e calosidades leves. Não é aconselhável usar lixas ou pedras, pois muitas vezes aquela calosidade é um mecanismo de proteção do pé ou se formou por uma maneira alterada de pisar, reflexo de um problema nos joelhos, na bacia e até mesmo na coluna.