Da Redação
Manter a pele hidratada não é só uma questão de estética: é também fundamental para prevenir o aparecimento de diversas doenças. Agora que está no outono e o inverno está a caminho - período em que todos os tipos de pele tendem a desidratar com mais frequência, pois a umidade do ar é menor -, é ainda mais importante estar atento à hidratação da pele.
O dermatologista Adilson Costa reuniu as 10 dúvidas mais frequentes com relação a hidratação. Ele ressaltou a importância do procedimento. "Com a pele hidratada,
mantemos a barreira cutânea íntegra, o que impede a descamação e aparecimento de áreas de coloração opaca da pele, mantendo o tom normal ou bronzeado da pele por mais tempo, além de impedir a instalação de infecções oportunistas, sejam bacterianas ou fúngicas", destacou.
Sobre o envelhecimento da pele e o processo de menos hidratação, o médico disse que a pele fica mais fina. "Isso permite que a água presente na pele evapore para o meio externo; além do mais, as glândulas sebáceas diminuem sua capacidade de produção, diminuindo a quantidade de sebo na superfície da pele (o sebo desempenha um papel importante como isolante, retendo água sob ele), permitindo, também, que a água que chega à superfície da pele evapore, desidratando a pele", afirmou.
Outra pergunta frequente é sobre quantas vezes deve ser realizada. "No mínimo, duas vezes ao dia, de preferência após o banho. Sua penetração pode ser potencializada com uma leve esfoliação na pele, de 1 a 2 vezes por semana", ressaltou.
Mas além disso, é preciso tomar alguns cuidados. "O segredo para uma pele bem
hidratada é beber muita água (de 1,5 a 2 litros por dia) e tomar banhos rápidos, sem usar sabonete em excesso, e com água morna para fria", complementou.
Hidratantes
E a quantidade de hidratante? É garantia de pele saudável? "Quantidade não é sinônimo de uma pele hidratada. O importante é usar um hidratante em quantidade
suficiente para recobrir toda a pele do corpo, específico para cada tipo de pele (ou
seja, hidratantes para peles normal, oleosa ou seca, dependendo do tipo da pele)",
respondeu. O dermatologista explicou também com relação a textura ideal de um creme. "Depende do tipo de pele que ele é indicado. Geralmente, cremes mais densos, são indicados para peles mais secas já que eles são ricos em matérias-primas oclusivas (matérias-primas mais oleosas, que formam um filme oclusivo sobre a pele, impedindo a água de evaporar); os mais fluidos são indicados, principalmente, para pele normal a oleosa, pois são ricos em matérias-primas umectantes (retiram água da atmosfera, ou seja, do ar, atraindo-a para a pele, além de "puxar" água da profundidade da pele, atraindo-a para as camadas mais superficiais da pele, hidratando-a).
Sobre a diferença entre hidratantes em forma de creme, de gel, de loção e de serum, ele alerta que tem ligação com o tipo de pele. "Para pele oleosa: gel e loção; pele normal: loção e serum; pele seca: creme e loção", disse.
Atualmente, a maioria dos hidratantes possui outras substâncias que fazem mais que hidratar, como as vitaminas (principalmente, a C e a E, que impedem a produção de radicais livres, importantes para o envelhecimento da pele, e a vitamina A, conhecido como retinol, que estimula a produção de fibras elásticas e colágenas, tornando a pele mais firme, e afina as camadas mais externas da pele, diminuindo manchas e rugas) e os filtros solares (que diminuem a produção de radicais livres e degradação de fibras elásticas e colágenas, os quais predispõem ao envelhecimento da pele, bem como impede a queimadura da pele, a qual favorece o aparecimento do câncer de pele).