O diagnóstico é feito com base no exame clínico feito pelo otorrinolaringologista
Quando chega a terceira idade, alguns hábitos e alterações no organismo são incontroláveis. O aumento significativo da população idosa acarreta em mudança no perfil epidemiológico com modificações relevantes. De acordo com estudos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a taxa de surdez nas pessoas acima de 65 anos é de 20%.
Segundo a Dra. Christiane Lombardi, fonoaudióloga do Hospital Paulista, a principal alteração auditiva na 3ª idade é a presbiacusia, que tem como característica a diminuição da audição. "Com o envelhecimento temos uma degeneração de nossas células, assim, outros fatores podem contribuir para a perda auditiva, por exemplo, a otoesclerose, a intoxicação por medicamentos, o acidente vascular cerebral e tumores bem como a predisposição hereditária".
Outro fator que contribui para esta perda é o uso constante de aparelhos eletrônicos que emitem sons altos. Além da diminuição da audição, outras complicações podem se manifestar. "Tem um efeito adverso no estado funcional, na qualidade de vida, função cognitiva e bem estar emocional e social do idoso", ressalta a especialista.
O diagnóstico é feito com base no exame clínico feito pelo otorrinolaringologista, para a verificação do conduto auditivo e membrana timpânica e exames complementares, tais como audiometria tonal, vocal imitância acústica e a audiometria do tronco cerebral. A médica alerta para as formas de tratamentos. "Dependendo dos achados clínicos e laboratoriais, o tratamento poderá ser o uso de aparelho auditivo, com medicamentos ou cirúrgico", conclui.
Algumas medidas preventivas precisam ser adotadas para a diminuição destes casos, como minimizar a exposição a sons muito altos, consultas periódicas ao médico, evitar o uso de cotonetes e não introduzir nenhum corpo estranho dentro do ouvido.