Intenção do grupo voluntário é ter uma área ao lado do hospital para vender artesanatos
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O Conseg (Conselho Comunitário de Segurança)/Centro, formará uma comissão e entrará em contato com a diretoria da Santa Casa de Votuporanga. Eles querem debater com o hospital uma área que seja destinada ao projeto voluntário presidido por Deise Góes Liévana, o “Bazar do Bem”. Na manhã de ontem, ela esteve na reunião do órgão e apresentou sua proposta de trabalho para ajudar a Santa Casa no setor de humanização.
Dona Deise, como é conhecida, contou que esteve em Barretos acompanhando sua nora, a Secretária de Educação, Cultura e Turismo, Eliane Godói. Lá conheceram o trabalho de voluntários que uniam forças para vender peças artesanais para ajudar o hospital. Com isso, Deise começou a ajudar Barretos, e em seguida, passou a contribuir para a Santa Casa.
Ela apresentou ao seu filho, Luiz Fernando Góes Liévana, que é o provedor da Santa Casa, a ideia do voluntariado. O projeto foi aceito pelo setor de humanização do hospital, tendo início o grupo, que visa realizar ações em prol da humanização do hospital, mas que ainda não tem um local específico.
Deise disse que surgiram sugestões para que o bazar fosse realizado na feira da Praça São Bento, às quintas-feiras, mas que deveria contar com a ajuda de muitas pessoas para a construção da barraca. “Às vezes as pessoas que querem ajudar terão um contratempo e não poderão ir”, contou.
Renda
Ela contou que o grupo está com três meses de trabalho. A venda dos artesanatos rende, mensalmente, de R$ 900 a R$ 1.100, dinheiro que é destinado à humanização do hospital. “Este setor socorre os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), que na maioria não têm roupas para internação, uma escova de dente, enfim, não possuem condições humanas para realizar um tratamento no hospital”, falou.
Deise disse que alguns hospitais já têm uma lojinha ao lado da unidade, para que os pacientes ou clientes passem a comprar produtos que terão renda revertida aos trabalhos oferecidos. Ela contou que tentou viabilizar algo na administração, e já procurou representantes, mas ainda não obteve resposta. “Eles estão cientes, mas fui convidada a mostrar o meu interesse em ajudar a Santa Casa no Conseg”, contou.
Ela estima que com R$ 10 mil poderia se construir algum espaço ao lado ou na região próxima à Santa Casa.
Contato
Deise pôde perceber neste período frente ao “Bazar do Bem” que existem muitas pessoas com interesse em ajudar o hospital com o trabalho voluntário. Ela disponibilizou os telefones (17) 3421-5468 e 3423-1675 para que quem tiver interesse, ajudá-la. Ela convoca que os aposentados possam ajudar em seu projeto ou que colaborem com outras entidades. “Fala-se tanto em ajudar o nosso semelhante, mas somos nós que somos os maiores beneficiados. O trabalho dignifica a todos e ocupando o nosso tempo, nem veremos a vida passar”, falou.