Andressa Aoki
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O vereador José Carlos Leme de Oliveira (PSDB) falou de seus projetos durante sua legislatura, no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade. Ele citou cada uma de suas conquistas no Poder Legislativo. “Por onde eu andava, a pavimentação era muito cobrada. Eu via aquilo como algo necessário, melhorando condições de tráfego e evitando acidentes. Eu analiso o trabalho conjunto do vereador que é a votação dos projetos como desfavelamento, casas populares. Tudo muito gratificante”, afirmou.
José Carlos falou ainda de sua proposta voltada para aquisição de materiais de construção para pessoas carentes. “Também fui um assíduo defensor do projeto “Paz no Trânsito”. Busquei a união de esforços de todos os setores da cidade para minimizar acidentes de trânsito e mortes fatais”, enfatizou. Ele citou ainda a implantação de cursos de Simonsen; a realização da Semana de Anemia Falciforme, sugestão de Conselho de Trânsito e projeto de acessibilidade das calçadas.
O vereador disse que não se frustrou com a política. “Estou há 24 anos na gestão pública, estudei sobre isso também. O que o cidadão não entende é que tudo gira em torno do orçamento público e modesto. Por mais que fazemos propostas, temos que ttrabalhar em cima de prioridades. Demandas maiores do que as verbas podem permitir”, destacou. Ele foi eleito com 1493 votos e nesta eleição, recebeu 545.
O motivo de se não ter sido reeleito foi a quantidade de candidatos. “Eram 70 a mais disputando a vaga, isso foi um dos complicadores. Fui muito a tribuna ao longo dos quatro anos para defender minhas teses, imaginando que seria uma forma de mostrar meu trabalho. Fui uma pessoa discreta. Sempre tive uma atuação equilibrada. Se eu mudasse, as pessoas não iam me reconhecer”, ressaltou.
Perfil
Ele destacou o seu perfil político. “Se Deus me desse a chance de voltar a Câmara, teria o mesmo perfil. Era uma forma nova de fazer politica,. Eu apontava problemas, falava com secretários e para a tribuna eu deixava as propostas e desafios ao longo das semanas e meses. Se eu voltasse atrás, teria o mesmo perfil. Se eu fosse mais agressivo, não seria eu mesmo e fugiria da minha característica. Seria algo ruim para mim. sso não quer dizer que não lutamos pelo cidadão, o que muda é o perfil. Trabalhamos de forma mais equilibrada”, complementou.
História de vida
José Carlos nasceu em 1966, na cidade de Votuporanga. Se formou em 1992 em administração de empresas. “Era meu grande sonho chegar na faculdade, depois de muita luta e trabalho. Eu não tinha bolsa de estudo, fazia bico de segurança no meu pai, durante 22 anos guardando carro madrugada afora”, contou.
Possui cinco irmãos. Começou a trabalhar cedo. Já vendeu frutas nas ruas com 12 anos, atuou em posto de gasolina, em fábrica de móveis e com o pai em sua lanchonete. “Marcou uma geração. Trabalhei de garçom, chapeiro, atendimento. A empresa era familiar e tinha que trabalhar. Foi um período maravilhoso para a cidade, era um ponto turístico (um vagão). Eram 11 toneladas, as pessoas queriam ver de perto. Conhecemos jogadores de futebol, cantores, americanos, as pessoas vinham para Votuporanga e não deixavam de passar lá”, lembrou.
CTMO
José Carlos é o coordenador do CTMO (Centro de Treinamento de Mão de Obra) Altino Regiani. “Depois que eu me formei em administração, eu sempre pedi a Deus uma oportunidade. Na época, a secretária da Educação, Marilda Mantovani, me fez a proposta. Ela achou que tinha perfil e foi endossado pelo então-prefeito Pedro Stefanelli Filho. A escola tinha dois cursos, hoje possui 26. Começamos pequenos, aprendemos muito ao longo da história e transformamos a vida de muitas pessoas”, disse.
Ele destacou que a capacitação muda a qualidade de vida. “É muito comum eu andar nas ruas e a pessoa me parar e falar que vive em função do curso do CTMO. Tempos atrás, eu estava em uma loja de materiais de construção e chegou um jovem com um cartão. Ele é eletricista, fez curso conosco. Trabalha na área e disse que não falta trabalho. Isso me dá um orgulho enorme. Também há aquelas pessoas que passaram pelo CTMO e pegaram gosto pela vida acadêmica”, ressaltou.
Política
O vereador contou que foi um professor que lhe mostrou sua habilidade política. “Na faculdade, em 1989, Cafani passou no corredor e disse que eu tinha uma veia política. Meu pai (Lazão) começou a por lenha na fogueira, pedindo para eu tentar. O Lazão é um grande parceiro, incentivador, assim como minha mãe Terezinha. Minha mãe é oração, meu pai é o marketing. Depois, eu esqueci a historia, veio mais forte adiante. Cabo Valter também me incentivou muito. Tempo foi passando e quando vi estava buscando votos”, afirmou.