Moradores precisam assinar o documento, que será apresentado à Justiça, até o próximo final de semana
Leidiane Sabino
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A comunidade católica resolveu se unir em uma mobilização pelos sinos da Igreja Matriz – Paróquia Nossa Senhora Aparecida. De acordo com o advogado Douglas Fontes, que defende a igreja na ação que contesta o badalar dos relógios, a intenção é recolher a maior quantidade de assinaturas possíveis para mostrar que a sociedade não se incomoda com o som nas mudanças de hora.
Todas as paróquias do município estão sendo convidadas a disponibilizar a lista e receber as assinaturas.
A intenção é saber a vontade da maioria. “Crime de perturbação de sossego envolve a coletividade. Não queremos analisar apenas um interesse individual”, explicou o advogado. Nos próximos dias haverá uma audiência no Fórum e estas listas assinadas serão apresentadas.
Os interessados em colaborar podem procurar as missas, paróquias e o escritório do advogado Douglas Fontes, na rua Pernambuco, 3984, até o próximo final de semana.
Ao assinar o documento, o morador estará afirmando que concorda com o funcionamento dos sinos, que não se incomoda com o som e que ele não perturba os moradores da cidade.
Os sinos da igreja Matriz voltaram a funcionar no dia 30 de março do ano passado, marcando as horas, inclusive nos finais de semana. Na época, o padre Gilmar Margotto, pároco daquela comunidade, disse, ao jornal A Cidade, que, quando chegou na igreja, eram muitos os pedidos para a volta do som.
A Paróquia trocou então o som e refez o relógio. O sistema é todo eletrônico, com uma máquina para distribuir os ponteiros para que fiquem sincronizados. Além disso, a igreja recebeu outras melhorias, como a reforma na sacristia, construção de banheiros e reparos no forro, entre outras.
Os relógios da Matriz tocam das 7h às 22h. Às 7h e às 12h, eles tocam também a Ave-Maria e, às 18h, a melodia é o carrilhão de sinos como os da Basílica em Aparecida.