Foram recolhidas mais de sete mil assinaturas por meio de abaixo-assinado, envolvendo a comunidade
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A audiência sobre as badaladas do sino da Paróquia Nossa Senhora Aparecida será na próxima segunda-feira, na sala do Juizado Especial Criminal.
O advogado do padre Gilmar Margotto, Douglas Teodoro Fontes, esteve no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para falar sobre a transição penal. Na última quinta-feira, ele protocolou mais de sete mil assinaturas por meio de um abaixo-assinado.
Douglas Fontes explicou que o processo teve início em abril do ano passado. Três pessoas são os autores, mas uma delas desistiu. “Não é contra a Igreja, mas contra a pessoa física do padre Gilmar. Não é um simples processo civil, que está discutindo as badaladas do sino, está se processando criminalmente o padre. Ele está respondendo um processo criminal por tocar o sino”, disse.
Trata-se de um termo circunstanciado onde se acusa o sacerdote de cometer uma infração prevista no ordenamento jurídico brasileiro.
O advogado contou que foram feitas perícias, em vários pontos da Igreja com relação à quantidade de decibéis. “Foi feita uma medição. O ônibus tem barulho maior do que o sino. A sala de telefone da Paróquia está sendo modifica porque não dá para falar no telefone”, disse.
Douglas destacou que o pároco já reduziu o som do relógio, mas deveria diminuir ainda mais, seguindo a transição penal com o Ministério Público.
Abaixo-assinado
O defensor do padre explicou que a ideia do abaixo-assinado surgiu para perguntar para a sociedade se estão satisfeitas com o barulho. “Não tem mais sentido discutir isso criminalmente . A vítima de perturbação de sossego não é uma pessoa isoladamente, e sim toda a sociedade. Vamos ouvir a comunidade através do abaixo-assinado”, ressaltou.
O advogado apresentou um requerimento para a Justiça que lhe conceda o prazo de 10 dias para colher mais assinaturas. “Hoje (ontem), mais 500 assinaturas chegaram na minha mão”, frisou.
Para ele, a questão não envolve religião. “Eu tive informação de que algumas igrejas evangélicas colocaram a lista na porta de entrada, isso transcende a religião. É uma questão social. Não estamos discutindo doutrinas, mas o direito de uma pessoa sendo expelida pelo o que uma sociedade quer”, afirmou.
Os interessados podem assinar o documento em qualquer secretaria das Paróquias ou no escritório de Douglas Teodoro, localizado na rua Pernambuco, 3984. Os telefones de contato são 3422-6892/3421-7871.