Em audiência com Marcos Seabra, padre Gilmar Margotto e o advogado Douglas Fontes solicitaram que as 15 mil assinaturas sejam analisadas
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
As 15 mil assinaturas dos moradores de Votuporanga, que se mostram a favor do toque do relógio da Igreja Nossa Senhora Aparecida (Matriz), foram apresentadas ontem ao promotor Marcus Vinícius Seabra, durante a primeira audiência do caso. Os trabalhos aconteceram no Fórum de Votuporanga e contou com a presença do padre Gilmar Margotto, do advogado da igreja, Douglas Teodoro Fontes e com Seabra. Quem reclamava do sino não esteve presente, nem um advogado que possa ter assumido a causa.
O advogado Douglas Teodoro Fontes contou, durante coletiva, que o relógio da igreja continuará tocando. Ele disse que a igreja não concorda em abrir mão do relógio da Matriz e esta decisão está baseada no direito penal.
Agora, a defesa da igreja aguarda a decisão do Ministério Público, que deve decidir, dentro de até 30 dias, se a igreja será processada criminalmente por, possivelmente, estar violando o direito dos moradores, ou pode entender que este é um trabalho civil. Conforme entendimento, o caso poderá até ser arquivado.
Fontes disse que qualquer pessoa que se sentir incomodada, pode entrar com uma ação civil contra a igreja. “É um direito”, destacou.
Ele contou que, conforme for a decisão da Justiça, o padre Gilmar Margotto, tem a intenção de agradar a todos, mas não desligará o som. “Vamos vai entrar em contato com a empresa que faz a manutenção do aparelho, solicitando que reduza um pouco do volume. Não será desligado, mas sim, reduzido, para evitar que mais pessoas se incomodem”, falou. A empresa responsável é de São José do Rio Preto.
Apoio
Douglas disse que até pessoas evangélicas estão assinando o abaixo-assinado, o que significa que a reclamação não gira em torno de religião. “Fui procurado por outras pessoas, que levaram a lista nas portas das igrejas para que os fiéis assinem o documento”, disse.