Quatro vereadores utilizaram a tribuna e alegaram que há um abaixo-assinado com 600 nomes contra o afastamento de duas enfermeiras
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A demissão de duas funcionárias do postinho de saúde no bairro Colinas foi a tônica dos pronunciamentos da última sessão da Câmara Municipal, realizada na última segunda-feira. Apoiado por aproximadamente 30 moradores que aplaudiam os discursos contrários ao afastamento, o assunto deve provocar reunião entre a Secretaria da Saúde e os vereadores hoje, às 14h, com a OSS (Organização Social da Saúde). Amanhã, a audiência será com os diretores da Santa Casa.
Dizendo que tem em poder um abaixo-assinado com mais de 600 nomes, o vereador Mehde Meidão foi o primeiro a focar o desligamento das servidoras. Ele afirmou que os vereadores do Pozzobon foram procurados sobre a reclamação. “Entre você ouvir duas pessoas e escutar uma população é diferente. Estamos com abaixo-assinado que diz que, desde a inauguração do posto de saúde no dia sete de fevereiro do ano passado, as enfermeiras prestavam serviços no posto e nas residências. Em razão da excelência dos serviços prestados, elaboramos abaixo-assinado que será encaminhado ao prefeito Junior Marão para requer a reintegração das enfermeiras no posto de Colinas.”, destacou.
Meidão contou que levaria o documento até o prefeito. “Quando o povo pede o funcionário de volta, o prefeito tem que ouvir, dar satisfação a comunidade que está insatisfeita com o que está acontecendo. Neste setor da OSS, tem muita sujeira para baixo do tapete, temos reclamação na Ouvidoria da chefe desta unidade de saúde e nenhuma providência foi tomada. Eu acho que temos que voltar o que fazíamos, em certos postos de saúde, checar o atendimento”, ressaltou.
O vereador disse ainda que foi informado por um funcionário que tem servidor que trabalha uma vez por mês. “Como essa pessoa está na Prefeitura se a prestação de serviços é uma vez por mês? Não podemos ouvir críticas e abaixar a cabeça. Vereador está aqui para apurar irregularidades e a OSS virá a Câmara e vamos cobrar o que está acontecendo. Estamos sabendo de coisa muito grave e que nenhuma providencia foi tomada”, enfatizou.
“OSS está fazendo barbaridades”
Emerson Pereira também utilizou a tribuna para falar sobre o caso. Ele disse que a OSS está fazendo barbaridades. “Muitas coisas sujas estão debaixo do pano na saúde. Temos que propor uma comissão fiscalizadora para averiguar irregularidades na saúde. A população não está contente. A OSS, quando foi implantada, foi no intuito de melhorar a qualidade de vida da população, assim a nossa saúde. Mas muitas coisas vem ocorrendo, muitos funcionários da OSS não dão o devido cuidado e carinho aos munícipes nos Consultórios Municipais. Providências tem que ser tomadas e uma comissão proposta para analisar de perto a saúde. Esta casa tem que se mexer para fiscalizar ainda mais a saúde”, afirmou.
A verdade
O presidente da Câmara Municipal, Eliezer Casali disse quer que a OSS dê a sua versão, com provas documentais, testemunhas e verbais. “Para a gente saber aonde está a verdade. De um lado tem a população falando que é contra a demissão, mas tem um empregador para ouvir qual a posição, os questionamentos, a prova do ocorrido, queremos que a verdade apareça”, ressaltou.
Melhor atendimento
Por sua vez, Jurandir Benedito da Silva destacou que tem sido abordado diariamente para falar sobresaúde. “Oficiamos o presidente do Poder Legislativo para convidar os diretores da Santa Casa e fazer uma discussão geral da saúde pública. É uma pena que neste momento não pode estender para a população. O ideal seria que após a reunião convocasse audiência pública no horário adequado para sociedade participar. Nós representamos a população, mas muita gente quer falar. Depende de nós chamar os responsáveis, neste caso da OSS e pedir providencias para as pessoas serem melhores atendidas”, finalizou.