Em 2012, sete pessoas passaram pelo tratamento oferecido pelo programa de Hanseníase de Votuporanga
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotpuoranga.com.br
Votuporanga atualmente tem cinco pessoas em tratamento contra a Hanseníase, uma doença provocada pelo bacilo de Hansen, que atinge a pele e os nervos. A Hanseníase tem tratamento e cura; porém, a procura pelo médico deve ser o mais precoce possível para que se evitem as sequelas e as mutilações. Léa Cristina Bagnola, enfermeira coordenadora municipal do programa de DST/ Aids, contou que Votuporanga vai oferecer capacitação aos profissionais de saúde para que mais casos sejam diagnosticados.
Em 2012, sete pessoas passaram pelo tratamento oferecido pelo programa de Hanseníase de Votuporanga.
Esta é uma doença infecciosa que ataca ainda os braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz e até outros órgãos. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde mais próximo.
Um treinamento será oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde em maio deste ano, para chamar a atenção dos funcionários da saúde para suspeitar das manchas encontradas nos moradores da cidade e encaminhá-los para o serviço de referência.
O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e dura de seis a 12 meses dependendo do estágio da doença. Há quatro tipos de Hanseníase, classificados pelo Ministério da Saúde: Indeterminada e Tuberculóide não são contagiosas; Dimorfa e Virchowiana são contagiosas. Na consulta com a equipe formada por médica dermatologista, fisioterapeuta, técnica em enfermagem e assistente social é definido o tipo que a pessoa adquiriu.
“Temos tratado casos muito contagiosos e crianças, sinal de que o bacilo é circulante no município. Há pessoas com a doença e não estão tratando porque não sabem que são portadoras do bacilo”, explicou Léa.
A busca de pessoas com a Hanseníase é realizada pelas unidades de saúde do município, por meio dos agentes comunitários. Porém, qualquer cidadão pode se auto examinar. “Ao perceber manchas esbranquiçadas ou acastanhadas, dormentes, a pessoa deve procurar o médico e agendar um atendimento com a equipe do programa de combate à Hanseníase”, explicou Léa.
O bacilo da Hanseníase se instala nas extremidades do corpo, como orelhas, cotovelos, joelhos, região glútea, que são as partes mais frias do corpo. “É interessante que a pessoa peça para alguém de confiança examine a existência de manchas nos glúteos”, ressaltou Léa.
Quando descoberto um caso de Hanseníase, os contatos do paciente são examinados e vacinados com a BCG.