Polícia

Votuporanguense suspeita de encomendar morte da família deve ser transferida para presídio de Tremembé

O local é conhecido por ter sido a cadeia de casos de repercussão nacional como os de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá
publicado em 25/05/2023
O presídio de Tremembé é conhecido como “a cadeia dos famosos” (Foto: Divulgação)

O presídio de Tremembé é conhecido como “a cadeia dos famosos” (Foto: Divulgação)

Fernanda Cipriano
fernanda@acidadevotuporanga.com.br

A votuporanguense Viviane Moré, presa acusada de encomendar a morte de toda a sua família, deve ser transferida da cadeia feminina de Nhandeara para o presídio feminino de Tremembé, local que registrou a passagem de outras envolvidas em crimes que tiveram repercussão nacional, como os de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá. O presídio é conhecido como “a cadeia dos famosos”.

O pedido de transferência se deve a gravidade do caso, porém o dia em que ocorrerá essa mudança ainda não foi definido.  Enquanto não é transferida para Tremembé, ela continua no presídio feminino de Nhandeara enquanto seu marido, Carlos Ramos, está no Centro de Detenção Provisória de Paulo de Faria.

Tremembé
A transferência para Tremembé reforça a semelhança entre o crime de Votuporanga e o caso von Richthofen. Isso porque Suzane von Richthofen, com quem Viviane tem sido comparada após a revelação das investigações, também cumpriu pena lá após ser apontada como a mandante da morte de seus pais, Marísia e Manfred von Richthofen, assassinados pelos irmãos Cravinhos em 2002.

Por lá também passou Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido Marcos Matsunaga. Outra que ainda continua cumprindo pena na cadeia feminina de Tremembé é Anna Carolina Jatobá, acusada de ter matado a menina Isabella Nardoni, em 2008.

O caso
Viviane Moré, de 27 anos, e o marido dela Carlos Ramos, de 32 anos, foram presos pela Polícia Civil de Votuporanga na segunda-feira (22). Ela foi acusada de encomendar a morte do pai Wladmyr Baggio, da mãe Tiemi Cláudia More Baggio e do irmão Vitor Moré Baggio. A mulher teria planejado o crime ao lado do marido, o advogado e pai de santo, Carlos Ramos, para ficar com a herança da família, estimada em cerca de R$ 2 milhões.

Viviane e Carlos teriam oferecido R$ 30 mil para que dois jagunços, identificados como Luís Henrique dos Santos Andrade, o Nenê, e Gustavo Henrique de Oliveira da Cruz, cometessem o crime (R$ 10 mil por cada homicídio) e ainda permitido que os bandidos levassem tudo que encontrassem de valor na residência. A mãe só não foi morta também porque havia feito uma viagem de última hora, sem que a filha soubesse.

O autor dos tiros, de acordo com a polícia, teria sido Gustavo. Na casa dele foi apreendido um revólver calibre 38. Os celulares de todos os investigados foram apreendidos e serão periciados para a coleta de eventuais provas.
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