Quando as pessoas estão trabalhando elas contribuem para a previdência, e quando você se aposenta você recebe este recurso. Este dinheiro é descontado pelo governo todo mês automaticamente do seu salário, e muitas pessoas só possuem essa renda na velhice.
Basicamente há dois tipos de sistema de previdência: o regime de capitalização, onde o recurso que é descontado do seu salário é recolhido em uma conta individual, e esses recursos são corrigidos em um percentual ao longo dos anos, e desta maneira e na aposentadoria esses recursos serão utilizados para pagar a aposentadoria, e há o sistema de repartição, onde o Estado taxa nossos filhos e netos para pagar as aposentadorias existentes. O sistema atual utilizado no Brasil é o de repartição, onde os recursos descontados da geração atual de trabalhadores é que paga a previdência dos atuais aposentados.
No atual sistema, a demografia tem um impacto muito grande sobre o sistema, pois em nossa sociedade a população está vivendo mais e tendo menos filhos, ou seja, mais pessoas estão se aposentando e está diminuindo o número de pessoas que podem contribuir para a previdência. Existe cada vez menos jovens e cada vez mais idosos. Daí a necessidade de reforma previdenciária em vários países do mundo. Em 1980, tínhamos 9 pessoas ativas para cada aposentado. Hoje esse numero caiu para cinco. E em 2030 pode chegar a 3.
Levando em conta essa realidade, como podemos nos preparar para termos uma aposentadoria tranquila e vivermos com dignidade, sem se preocupar com o governo?
Pensando neste cenário, quanto um jovem de 20 teria que poupar por mês para manter o seu padrão de vida para quando parar de trabalhar? Quanto ele terá que acumular?
Para responder essa pergunta, levaremos em conta o seguinte cenário: A pessoa irá começar a trabalhar com 20 anos, e irá parar aos 70 anos e viver até os 90. Com 20 anos ele vai começar ganhando 2.000 por mês e o salário vai aumentando até os 45 anos, chegando a 8 mil reais por mês, e depois permanece estável até os 69 anos. Para este cenário, imaginemos esses valores em termos reais, e, portanto, não levaremos em conta a inflação.
Se pensarmos em investir em títulos públicos que tenham uma renda liquida de 2% (ou seja, acima da inflação) e em ações na bolsa que tenham rendimentos de 5% líquidos, e se planejarmos a carteira da seguinte maneira: dos 20 aos 30, todos os depósitos (100%) serão colocados na bolsa, dos 31 aos 40, ele irá colocar 75% das parcelas do salários a ser aposentado na bolsa e 25% em títulos públicos, dos 41 a 50, 50% em cada investimento. Do 51 aos 60, 25% na Bolsa e 75% no título público, e a partir dos 61 anos, ele vai vender todas as ações que tiver na bolsa e investir todo o montante em títulos públicos, que possui o menor risco.
Desta forma, ele terá uma renda mensal de R$ 8.000, 00, sem ter que poupar mais, o que na verdade é um valor acima do que ele vivia, pois antes ele ganhava 8 mil, mais poupava 15% (1,2 mil). Para que isso ocorra, ele teve que poupar em média durante toda sua vida cerca de 15% da sua renda.
Quanto mais tarde começamos a poupar, maior terá que ser o percentual a ser poupado. Se uma pessoa de 40 anos começar a se preocupar com a sua aposentadoria e seguir as regras aqui propostas, em vez de poupar 15% do seu salário, ele teria que poupar 32%.
Somente planejando sua aposentadoria, você terá recursos para ter uma qualidade de vida melhor na chamada “melhor idade”, e poderá ter recursos para viajar, aprender, ter novas experiências que com certeza tornarão esse período mais rico.
Caso tenha dificuldades em planejar sua aposentadoria, procure um economista ou um profissional certificado em finanças para ajuda-lo nesta tarefa, e assim poderá realizar com qualidade o seu planejamento previdenciário.
E lembre-se: Quanto mais cedo fizer esse planejamento, menos recursos serão necessários para se ter uma aposentadoria digna e plena.