Em toda empresa, das mais agressivas às menos competitivas, há uma parcela de profissionais que tendem a fazer menos do que a sua obrigação. São colaboradores que se acomodam com as suas atividades diárias e quando possuem um novo desafio, geralmente pensam: “Eu estou sendo pago para fazer isso?”.
Características dos profissionais que fazem menos que a obrigação
Estes profissionais, geralmente, apresentam uma postura passiva, sempre aguardando uma orientação sobre o que deve ser feito ou de como devem resolver o problema. Eles tendem a se omitir em reuniões para solução de problemas ou para assumir novas responsabilidades.
O padrão mais claro se apresenta nos resultados que entrega. Independente do objetivo dado, este profissional sempre entrega menos, seja com qualidade inferior e além do prazo acordado ou, até mesmo, fora do escopo de trabalho acordado.
Outro comportamento comum é o de utilizar bons profissionais (porém inocentes) para ajudá-los a concluírem as suas tarefas. Em determinadas situações, podem ser muito persuasivos e drenar o tempo e a energia de ótimos profissionais para resolver os seus próprios problemas.
Fazer menos que a obrigação gera muitos problemas
Fazer menos que a obrigação ou ser um top performeré uma escolha individual da cada profissional e não há certo e errado. Porém, inevitavelmente, é importante perceber os impactos negativos que os comportamentos menos produtivos podem trazer para o profissional que apresenta essa característica e para os colegas de trabalho.
Além do óbvio impacto nos resultados da empresa, no desgaste que este profissional terá com sua liderança por não atender às expectativas acordadas e exigidas em sua posição e estar passível de uma demissão, este profissional poderá afetar seus colegas de trabalho.
Com o passar do tempo, aumentará a percepção de injustiça na mente dos colaboradores que estão atendendo ou superando as expectativas da empresa. Isto, naturalmente, fará com que alguns profissionais se afastem de quem faz menos que a obrigação ou que os conflitos entre eles aumentem.
Outro problema, que pode surgir neste cenário, é a contaminação de colaboradores produtivos por este colega de trabalho que entrega menos que o esperado. Quando um profissional apresenta um comportamento negativo e não é repreendido pela liderança, os outros colaboradores podem entender que esta conduta é aceitável na empresa e passarem a produzir menos.
Vale lembrar que estas consequências ocorrem, às vezes, de forma inconsciente e os profissionais podem não perceber porque estão se afastando de um colega ou diminuindo o seu ritmo de trabalho.
*Vanessa Bortolozo é jornalista e especialista em Gestão de Pessoas